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Autor de norma do Exército para tiro esportivo virou secretário de Bolsonaro

General Guilherme Theophilo estava à frente do Comando Logístico do Exército quando baixou a portaria 28, em 14 de março de 2017

Foto do author Marco Antônio Carvalho
Por Felipe Resk e Marco Antônio Carvalho
Atualização:
Portaria foi questionada na Justiça Federal, mas a ação não prosperou Foto: Gabriela Biló

O general Guilherme Theophilo estava à frente do Comando Logístico do Exército quando baixou a portaria 28, em 14 de março de 2017. Menos de dois anos depois, ele se tornaria secretário nacional de Segurança, posto do Ministério da Justiça, do governo Bolsonaro. A medida visava, defendeu, a dar proteção a essa categoria, que reclamava da vulnerabilidade em andar com os equipamentos sem poder protegê-los. A portaria foi questionada na Justiça Federal, mas a ação não prosperou.

Antes da mudança, a norma previa que os atiradores esportivos deveriam andar com a arma sem munição. A alteração foi comemorada pela categoria, mas chegou a ser ignorada por policiais que autuavam quem levava a arma como um crime de porte ilegal, de acordo com casos relatados em São Paulo e no Ceará. 

Em vídeo no Youtube, o general reforçou na época o teor da medida. “Façam uso da portaria 28 do Colog. Arma municiada e na cintura pronta para o uso para que defenda o seu patrimônio contra os bandidos que estão atacando a qualquer hora”, explicou, ao ser questionado por um atirador. O general não respondeu a perguntas feitas pelo Estado.

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