Continua indefinido racionamento de água em São Paulo

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Secretaria Estadual de Energia e Recursos Hídricos e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) têm posições diferentes sobre a data do anúncio e do período em que será necessário promover um racionamento de água na capital paulista nos próximos meses. Segundo a Assessoria de Imprensa da secretaria, o comunicado pode acontecer ainda nesta semana. Em contrapartida, a Sabesp, segundo informa a Agência Brasil, descarta essa possibilidade, pois considera que apesar de o nível do Sistema Cantareira estar com 5,4% de sua capacidade, o período de chuvas ainda se estenderá até março ou abril. Um possível racionamento em São Paulo atingiria 6,5 milhões de pessoas atendidas pelo Cantareira, As dificuldades de abastecimento da capital estão fazendo o governo do estado a buscar soluções de longo prazo. Entre as alternativas para driblar o problema no futuro está a construção de uma adutora de 280 km, a um custo de R$ 1,8 bilhão, trazendo 10 metros cúbicos por segundo de água do médio Tietê ? na altura de Barra Bonita ?, o que geraria um custo de R$ 35,1 milhões por ano com energia para bombear água. Outra opção seria trazer 30 metros cúbicos do baixo Juquiá, sul do estado. O custo seria de R$ 1 bilhão para as obras e de R$ 131,7 anuais com energia para bombear a água. Outro rio da Bacia do Iguape que poderia ser aproveitado é o São Lourencinho, mas além de envolver questões ambientais, demandaria R$ 1,3 bi para as obras e R$ 116 milhões por ano em energia. O aproveitamento das águas do Paraíba do Sul, também nos planos do governo, exigiria negociação para obter permissão do Rio de Janeiro, já que parte da vazão do rio é utilizada para abastecer o estado e outra parte dilui o esgoto da cidade. Neste caso, seria feita a interligação entre a bacia do Paraíba do Sul com a do Alto Tietê. Seriam bombeados cinco metros cúbicos por segundo, a um custo de R$ 187,3 milhões por ano. Já na ligação do Paraíba do Sul com o Sistema Cantareira, seriam gastos R$ 201 milhões e a vazão do reservatório Jaguari seria diminuída em 10 metros cúbicos por segundo.

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