Delegada afirma que recebeu mensagem do celular de coronel

Policial confirma ter feito ligações a Ubiratan, mas rechaça possibilidade de manter relacionamento amoroso com o coronel

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Por Agencia Estado
Atualização:

A delegada da Polícia Federal no Pará, Renata Santos Madi, voltou a negar nesta quarta-feira, 13, qualquer envolvimento amoroso com o coronel e deputado estadual Ubiratan Guimarães, assassinado na noite de sábado em seu apartamento em circunstâncias ainda não esclarecidas pela polícia paulista. Ela disse que conhecia o coronel há seis anos por ambos pertencerem a um clube de tiro e que também conhecia pessoalmente a namorada dele, a advogada Carla Prinzivalli Cepollina, de 39 anos. "Minha relação com o coronel era de amizade e com a namorada dele nunca tive nenhum desentendimento", afirmou Renata Madi. Segundo a policial, na noite de sábado, às 18h54, ela recebeu uma mensagem de texto do celular do coronel, mas cujo conteúdo não foi revelado pelo delegado Uálame Filho, durante entrevista concedida na sede da PF em Belém. O delegado disse apenas que a mensagem "não continha nada de comprometedor". Às 19h05, Renata telefonou para o celular de Guimarães, que foi atendido por Carla. O objetivo de Renata era falar com o coronel. A advogada informou que ele estava dormindo e que iria acordá-lo. Renata falou com Guimarães e perguntou se ele havia mandado para ela a mensagem de texto, obtendo resposta negativa. O coronel achou estranho e prometeu a Renata que iria averiguar o que havia acontecido. Ele disse que retornaria a ligação mais tarde, mas não o fez. A delegada relatou ainda que cerca de duas horas depois tentou por várias vezes falar com o coronel, mas não conseguiu. O celular, desta vez, estava desligado e o telefone convencional não atendia. Conversa com a namorada do coronel Por volta de 21 horas, após nova tentativa, o telefone do apartamento de Guimarães foi atendido. A voz era de Carla. Renata perguntou pelo coronel e obteve como resposta que ele não iria atender, porque naquele momento ambos estavam travando uma discussão. Em seguida, a advogada colocou o telefone perto de um aparelho de som, que tocava uma música com o volume alto. Minutos depois, Renata insistiu com nova ligação. O telefone, desta vez, dava sinal de ocupado. A delegada disse que desistiu de fazer novas ligações e que só veio a saber do crime no domingo, por intermédio de um coronel da PM de São Paulo conhecido por Pernambuco, um amigo comum dela e de Guimarães. O delegado Uálame Filho informou que o celular de Renata já foi periciado. As transcrições das ligações feitas para Guimarães conferem com o que Renata disse em seu depoimento.

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