E se a água que invadiu Porto Alegre tomasse São Paulo ou outras cidades? Veja mapas

Ideia é mostrar aos moradores de outros Estados a dimensão da catástrofe na capital gaúcha

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Por Isabela Moya
Atualização:

Mapas elaborados pelo escritório de urbanismo Versa sobrepuseram a mancha da área afetada pelas enchentes na região metropolitana de Porto Alegre sobre o mapa de diversas capitais brasileiras e cidades de fora do País. A ideia é mostrar aos moradores de outros Estados a dimensão da catástrofe no território gaúcho.

Área afetada pelas enchentes na Região Metropolitana de Porto Alegre sobreposta em diferentes capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.  Foto: Reprodução/Instagram/@versa.urb e @urbideias

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Mariana Mincarone, arquiteta e urbanista que elaborou os mapas, conta que a ideia veio ao ver que um escritório de urbanismo de Curitiba, o Urbi Ideias, fez o comparativo para a capital paranaense. Já a mancha das áreas inundadas foi produzida pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

“Sou de Porto Alegre, mas não estou agora no Rio Grande do Sul, e comecei a perceber vendo de fora que quem não conhece a cidade talvez não entenda a dimensão do que está passando”, conta. “A ideia é dar a dimensão e quem sabe sensibilizar as pessoas a ajudarem. Nessas horas toda ajuda é bem-vinda.”

Em um primeiro momento, Mincarone reproduziu o mapa para as dez maiores capitais do Brasil. Com a repercussão nas redes sociais, surgiram pedidos para que ela fizesse também para outras capitais brasileiras e cidades estrangeiras, como Londres, Paris, Roma e Berlim.

Na criação dos mapas foi considerada apenas as áreas afetadas pela região metropolitana de Porto Alegre, sem levar em conta o Vale do Taquari e o norte do Estado, que também foram afetados pelas cheias - ou seja, a mancha é, na realidade, ainda maior.

O escritório de urbanismo ressalta ainda que esses mapas apresentam um comparativo de extensão de área afetada, mas não são um mapeamento de áreas inundáveis nos municípios e tampouco de equivalência de população afetada, uma vez que topografia e densidade demográfica variam de cidade para cidade.

Em razão das chuvas, cerca de 11 mil pessoas buscaram acolhimento em abrigos temporários em Porto Alegre. Em todo o Rio Grande do Sul, as chuvas já deixaram ao menos 107 mortos, enquanto 136 pessoas estão desaparecidas.

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