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IBGE: maioria das famílias vive com menos de 1 salário

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Por AE

No Brasil retratado em 2010 pelo IBGE, a maioria da população (60,7%) vivia em domicílios com renda familiar per capita de menos de um salário mínimo (no valor de R$ 510 na época), apesar de em dez anos ter diminuído o número de famílias nos extratos mais baixos de rendimento.No ano passado, praticamente uma em cada sete residências tinha renda domiciliar per capita de até 1/4 de salário mínimo; uma em cada três, de meio a um salário; e mais de uma em duas tinha rendimento por pessoa de até um salário mínimo - em todos esses grupos sociais, porém, esses números significaram melhoria em relação à década anterior. O aumento do salário mínimo na década - reajuste de 237,7% para uma inflação de 89% (pelo IPCA) - e os programas sociais são apontados como causas da melhoria de renda dos mais pobres ocorrida no período. Segundo o presidente do IBGE, Eduardo Nunes, os dados apontam para uma redução da desigualdade de renda. "O contingente brasileiro que em 2000 ganhava renda inferior a meio salário mínimo hoje é muito menor", disse. Ele destacou que a melhora se deve também à expansão da economia brasileira na última década, com a criação de mais de 10 milhões de postos de trabalho. AnalfabetismoO País reduziu a sua proporção de analfabetos para 9,6% em 2010, de 13,6% em 2000. Apesar da melhora, o ritmo da queda no número de pessoas que não sabem ler e escrever diminuiu em relação a década de 91 a 2000. A redução nessa velocidade é encarada com naturalidade por especialistas, que ressaltam o aumento da dificuldade em combater o analfabetismo, na medida em que o estoque de analfabetos diminui, concentrando-se em centros menos urbanizados e mais pobres. A Região Nordeste é aquela com maior taxa de analfabetismo: 19,1% em 2010, contra 28,2% em 2000 e impressionantes 37,6% em 1991. Entre os nordestinos, em 2010, 47,1% dos analfabetos tinham 60 anos ou mais.SaneamentoTambém avançou em ritmo modesto o porcentual de domicílios particulares ligados a rede de esgoto ou fossa séptica - de 62,2% em 2000 para 67,1% em 2010. Isso significa que, no ano passado, 32,9% das residências lançavam seus dejetos sanitários diretamente na rua ou no meio ambiente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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