Incor completa 25 anos como centro de referência

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Por Agencia Estado
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O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo chega aos 25 anos como o maior centro de cardiologia da América Latina. Nesse período, mais de 163 mil internações, 271 transplantes e 59 mil cirurgias foram realizados. Além de um centro de atendimento de referência, o instituto se notabilizou nos últimos anos pelo grande volume de pesquisas realizadas na área de cardiologia e pela sua atividade de ensino. Hoje, não é pequeno o número de políticos ou personalidades que se entregam aos cuidados de profissionais que trabalham no instituto. Não foi sempre assim. O ex-presidente João Baptista Figueiredo, por exemplo, quando apresentava problemas cardíacos ia para Cleveland, nos Estados Unidos, para se tratar. A preferência entre políticos fez com que o Incor fosse convidado para abrir uma "filial" em Brasília. A nova unidade, cujo início das atividades está previsto para o próximo ano, vai funcionar no Hospital das Forças Armadas. O presidente da Fundação Zerbini, Fernando Menezes, afirma que será dado atendimento não só para senadores e deputados - que financiarão a reforma -, mas também para convênios e pacientes do SUS. A condição de referência em cardiologia não foi à toa. Nos últimos anos, o instituto reuniu uma série de feitos. Foi lá, o primeiro lugar a se fazer angioplastia logo depois de um enfarte do miocárdio. Seu fundador, o médico Euriclides de Jesus Zerbini, foi o primeiro a fazer o transplante de coração no Brasil, em 1968. Várias técnicas cirúrgicas hoje adotadas em centros de todo o mundo foram desenvolvidas no Incor. Entre elas, a realizada para corrigir, em recém-nascidos, a localização das artérias aorta e pulmonar. "Dois métodos foram realizados, um por Miguel Barbeiro Marcial e outro por Adib Jatene, ambos muito usados", afirma o diretor do Incor, José Antonio Ramires. O diretor cita outros avanços obtidos pelo hospital: na bioengenharia, o desenvolvimento de válvulas e próteses artificiais. "As contribuições foram várias. Um estudo aqui realizado, por exemplo, de Maurício Silva, mostra que soro com concentração de sal de 7,5% pode evitar morte por choque hemorrágico. Essa técnica simples hoje salva milhares de vidas, em vários países", relata Ramires.

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