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5 erros para não cometer no 1º voo longo com criança

Comprar passagens desconectadas, confiar na refeição servida no voo e no entretenimento a bordo e montar conexões apertadas são apostas arriscadas que podem render apuros com os pequenos

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Por Monica Nobrega
Atualização:
O primeiro voo de longa duração com um bebê é repleto de desafios 

Por causa de uma fralda suja, o aéreo de Bárbara e Vítor entre São Paulo e Salt Lake City acabou custando US$ 700 a mais. O casal de snowboarders ocasionais foi passar o Natal com a filha Helena, que havia acabado de completar um ano, entre as luzes decorativas e as pistas nevadas de Park City, destino de inverno em Utah, nos EUA.

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Até aí, tudo ótimo. Só que era a primeira viagem internacional da bebê e os brasileiros cometeram o erro de comprar passagens desconectadas, por uma economia de US$ 350. Emitiram o trecho até Dallas-Fort Worth e acharam uma low cost baratíssima, coisa de US$ 85 por pessoa, para o trecho final a Salt Lake City. Intervalo de 3h30 na conexão, não tinha como dar errado. Mas deu.

Em pleno procedimento de pouso, a nenê fez um cocô de inutilizar a roupa toda. Saíram do avião direto para o banheiro, aquele lotado antes da checagem de passaportes. Outros voos chegaram, a fila da imigração aumentou, deu a hora do mamá, a decolagem seguinte mudou de portão, o aeroporto é enorme e cheio de monotrilhos entre os terminais. Quando se deram conta, tinham perdido a low cost e a economia. Tiveram de pagar tarifa-balcão num voo para 4 horas mais tarde. E almoçar no aeroporto. 

Comprar passagens desconectadas é um erro a ser evitado no primeiro voo longo da vida da criança – e em todos os outros. Perder o trecho seguinte e prolongar a espera não significam apenas prejuízo financeiro, mas também mau humor infantil. Veja outros quatro equívocos dos quais vale se esquivar.

Desconsiderar o aeroporto

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Não é só a imigração. Aeroporto é o tipo de coisa que quanto maior, mais pegadinhas contém. Deslocamentos internos podem ser enormes – já perdi voo em Paris por causa de um deles – e é claro que ficam mais lentos com criança. Há muito imprevisto no caminho: no aeroporto de Frankfurt, só depois de passar pelo raio X da bagagem de mão e ficar confinada entre ele e o portão de embarque descobri que existia ali uma única opção de lanchonete, bem mediana. 

Para evitar estresse e correria, vá com tempo e programe conexões espaçadas. Inclusive para dar à criança chance de se movimentar: permita que corra um pouco ou engatinhe no chão – e tenha álcool em gel em recipientes de até 100 ml para passar nas mãozinhas depois. 

Acreditar na comida do avião

Entre a massa e o frango, meu filho come a primeira, mas só se o molho for de tomate; branco não serve, ele detesta. Ou seja, não posso contar com a comida do avião. É permitido, sim, levar comida a bordo, desde que os alimentos sejam consumidos antes do desembarque no país de destino. Papinha de bebê, macarrão cozido só com azeite e ervas para ser comido frio, bolachas, chocolates, leite em pó e pães são opções para garantir a alimentação dos pequenos. 

Contar com o entretenimento de bordo

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As aéreas têm melhorado bastante esse item. Empresas europeias e asiáticas (Air France, Lufthansa, Emirates e outras) têm menus variados de games, filmes e músicas para o público infantil. As americanas e as que operam no Brasil são caóticas nesse aspecto. Por garantia, leve os jogos, filmes e séries de que a criança gosta em seu próprio gadget, além de livros e brinquedos. Baterias carregadas e carregador extra são itens de primeira necessidade, você sabe. 

Planejar mal a mala de mão

Use os 5 a 10 quilos (depende da companhia aérea) que a criança tem de bagagem de mão com sabedoria. Além dos alimentos e itens de entretenimento, leve duas mudas de roupas adequadas ao clima do destino; casaco (aviões são lugares gelados); pacote de lenços umedecidos (que não contenha metais na fórmula; se tiver, além de prejudicial à pele do bebê, apita no raio X). Ah, e fraldas descartáveis, claro. A pequena Helena que o diga. 

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