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Motel onde casal morreu é interditado

Laudo da criminalística deve ficar pronto no prazo de 20 dias

Por Agencia Estado
Atualização:

O motel Bodoquena, de Ibiúna, onde um casal em lua-de-mel morreu na passagem do Ano Novo, foi interditado nesta quarta, dia 3, pela prefeitura da cidade. Segundo funcionários, o estabelecimento não tinha alvará de funcionamento. Os donos foram notificados para regularizar a situação, mas o motel só voltará a funcionar depois que passar por uma vistoria. O empresário Geovani Ferreira de Oliveira, de 31 anos, e a professora Elaine Cristina Ferro, de 26, tinham se casado no dia 30 e foram para o motel na noite do dia seguinte. Os corpos foram encontrados na manhã do dia 1º, sobre a cama da suíte. O empresário estava nu e sua mulher vestia uma camisola, mas não apresentavam sinais de violência. A Polícia Civil suspeita que eles tenham sido intoxicados com o gás usado no aquecimento da piscina com hidromassagem. O segurança Aurélio Vieira Cardoso reforçou essa hipótese ontem, durante depoimento na Delegacia de Ibiúna. Falha Ele contou ter passado mal durante estada no motel no dia 25 de novembro. Segundo o segurança, ele e sua mulher ocuparam a mesma suíte 13 na qual se deu a morte do casal. No depoimento dado ao delegado Lincoln Amorim Kunisawa, que investiga as mortes, o segurança disse que sua mulher chegou a desmaiar. Ele ligou na recepção pedindo socorro. O casal foi levado a um hospital e submetido à lavagem gástrica. De acordo com Cardoso, sua mulher ficou com seqüelas e ainda sente tonturas e dor de cabeça. O delegado disse que o depoimento reforça a tese de que o casal pode ter morrido em conseqüência da inalação de gás, mas prefere aguardar o laudo dos exames, que devem ficar prontos em 20 dias. Além do exame dos corpos, ele espera o laudo da perícia feita por técnicos do Instituto de Criminalística de Sorocaba nas tubulações de gás e de água do sistema de aquecimento da piscina de hidromassagem usada pelo casal.

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