Não haverá visita em 74 presídios neste fim de semana

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os 74 presídios do Estado de São Paulo onde ocorreram rebeliões no último final de semana não serão abertos para a visita de familiares de presos sábado e domingo. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo o (Sindasp), Cícero Sarnei, a regra foi estabelecida por uma portaria da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e inclui as prisões onde ocorreram quaisquer distúrbios, ainda que um princípio de motim. A norma, segundo ele, é conhecida pelos presos. "Eles sabem que, se viram o presídio, perdem o direito da visita." Sarnei espera que o secretário Nagashi Furukawa não revogue a portaria. "É o que ainda evita que ocorram motins a todo momento." O benefício das visitas será retomado, segundo ele, na próxima semana, mas apenas nos presídios em que a situação dos detentos estiver normalizada. "Não dá para saber se todos os presídios que foram destruídos vão ter condições de receber os familiares dos presos." Os parentes dos presos não foram avisados, mas já sabem que não poderão entrar nos presídios. "Ninguém avisa nada, mas a regra é essa", confirmou a mulher de um detento da Penitenciária de Junqueirópolis, no oeste do Estado. Normalmente, as visitas são permitidas aos sábados e domingos, das 8 às 17 horas, e a maioria é de parentes residentes na capital ou Grande São Paulo. Nos 22 presídios onde houve rebeliões, vinculados à Coordenadoria Regional das Unidades Prisionais do Oeste, também foram cortados os banhos de sol, como em Junqueirópolis, a 635 quilômetros de São Paulo. Nas penitenciárias de Pacaembu (1.205 presos) e Irapuru (964), os detentos permanecem no pátio ou em celas abertas, devido às depredações. As portas de ferro das celas estão destruídas e os agentes ainda não voltaram para a área interna. Estão do lado de fora, fazendo vistorias para localizar possíveis túneis para fuga.

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