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Navio mais bonito do mundo: veja como é, por dentro e por fora, a embarcação aberta a visita no Rio

Amerigo Vespucci atracou no Brasil pela primeira vez desde 1952; embarcação une o clássico e o moderno

Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan
Atualização:

Diz que, certa vez, ao visitar o navio italiano Amerigo Vespucci pela primeira vez, um almirante da esquadra americana o definiu como “o navio mais bonito do mundo”. O elogio tão contundente acabou pegando, e hoje a embarcação de 100 metros de comprimento e composta por enormes velas que o ajudam a desbravar os mares viaja o planeta como uma verdadeira embaixada flutuante da Itália. Desde o início do mês, o Amerigo Vespucci está no Brasil, e até esta quarta-feira, 25, está aberto à visitação pública no Píer Mauá, na região portuária do Rio.

Inaugurado no início da década de 1930, o Vespucci esteve no Brasil pela primeira vez em 1952 e, desde então, nunca mais havia atracado por aqui. Mais de 70 anos depois, o País entrou na rota da nova turnê mundial, que partiu de Gênova em julho e, até 2025, passará por cinco continentes, três oceanos e 28 países.

Amerigo Vespucci, navio conhecido como o mais bonito do mundo, está com visitação aberta ao público no Pier Mauá, no Centro do Rio de Janeiro. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“No Brasil, a comunidade de descendentes de italianos ultrapassa 30 milhões de habitantes. A relação de laços históricos de nossos países foi a razão de fazer do Brasil, além dos Estados Unidos, o único destino com mais de uma parada. Além do Rio de Janeiro e Niterói, ele parou em Fortaleza no início do mês”, disse na segunda-feira o embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese.

O Amerigo Vespucci é uma versão moderna e muito bem cuidada das embarcações que costumamos ver nos livros de História sobre a época das grandes navegações. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“Posso dizer que o navio tem a missão de ser a embaixada flutuante da Itália, mostrando ao mundo inteiro o melhor do Made in Italy, desde as tradições marítimas, da inovação, da tecnologia e da cultura italiana”, afirmou Cortese.

Amerigo Vespucci pertence à Marinha italiana e conta ao mesmo tempo com o clássico e o moderno.  Foto: Pedro Kirilos/Estadão

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Na segunda-feira, antes mesmo de abrir para o público, o navio já atraía o interesse de centenas de pessoas. Uma fila de mais de 200 metros se formou no calçadão que fica próximo ao Museu do Amanhã, no centro do Rio, que em dias normais costuma ser o principal foco de visitação na região.

A espera vale a pena. O Amerigo Vespucci é uma versão moderna e muito bem cuidada das embarcações que costumamos ver nos livros de História sobre a época das grandes navegações. Passado e presente são uma constante para onde quer que você olhe.

“É um navio à vela, mas conta com um motor auxiliar do tipo elétrico, alimentado por geradores”, explicou o capitão do Mar e Guerra Giuseppe Lai, comandante do navio. “Ele passa por trabalhos de manutenção ao longo de cinco meses num ano, e a cada 20, 25 anos, são feitos trabalhos de modernização, incluindo novos sistemas de navegação.”

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Nos meses de verão do hemisfério norte, o Amerigo Vespucci funciona como um navio escola para os cadetes da Marinha italiana. Desde que entrou em funcionamento, em 1931, ele já realizou 86 campanhas de instrução a alunos da Academia Naval.

Depois de deixar o Rio, o Amerigo Vespucci tomará o caminho da Argentina. Será o último destino antes da parada anual para manutenção. Até março, ele ficará fechado para, entre outros trabalhos, substituir 30 quilômetros de cordas (!) que integram sua estrutura.

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