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Preso acusado de assassinar juiz de Presidente Prudente

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia prendeu um homem envolvido na morte do juiz-corregedor Antônio José Machado Dias, da Vara das Execuções Criminais de Presidente Prudente. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Domingos de Paulo Neto. "Não posso fornecer mais nenhum detalhe, como nome, apelido e que tipo de envolvimento o preso teve no caso, pois estão em risco vidas de pessoas e a própria investigação do crime", disse. O assassinato ocorreu no dia 14 deste mês, quando o juiz ia do fórum de Prudente para casa. Seu Vectra foi fechado por um Uno no qual estavam dois homens, um dos quais disparou com uma pistola calibre 9 milímetros, acertando o magistrado. Todos os indícios até agora apontam para um crime encomendado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O principal suspeito de ser o mandante é o chefe máximo da organização, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que negou a participação no crime por meio de sua advogada. "Daqui a 48 horas poderemos ter uma solução. Espero estar próximo da solução do crime", afirmou o delegado. O que levou a polícia a investigar o PCC foi o fato de que o juiz assassinado cuidava dos processos de execução de pena de vários dos líderes da facção e dos detentos do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes. Os líderes estavam descontentes com a apuração de mortes de presos ocorridas em Bernardes e se queixavam da atuação de Machado Dias. Na semana passada, foi apreendido um bilhete na Penitenciária 1 de Avaré, enviado pelo preso Rogério Jeremias, o Gegê do Mangue, para Marcola. Nele, o preso dizia que a "operação que faltava foi marcada e o paciente operado". Gegê do Mangue e o preso José Luiz dos Santos, piloto (espécie de gerente) do PCC na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, foram ouvidos pelo DHPP sobre o crime. Além disso, a polícia investiga o Uno usado pelos criminosos. O objetivo é chegar aos executores do juiz descobrindo quem encomendou o carro, que, oficialmente, foi roubado em São Paulo. Veja o especial:

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