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Redação hoje tem peso forte na nota final

Crise hídrica e protestos são temas prováveis; no texto, é preciso incluir proposta de solução para o assunto sugerido

Por Barbara Ferreira Santos , Luiz Fernando Toledo , Victor Vieira , Guilherme Soares Dias e Rodolfo Almeida
Atualização:
Luandra de Jesus, de 21 anos, perdeu a prova ontem após chegar atrasada à Uninove Foto: Gabriela Biló/Estadão

Cerca de 8,7 milhões de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fazem hoje a prova de redação, considerada por especialistas como a parte mais importante para definir a nota final. O segundo dia de provas também terá os testes de Linguagens, seus códigos e tecnologias e de Matemática, seus códigos e tecnologias.

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O aluno terá 5 horas e meia para fazer as prova de hoje, uma a mais do que ontem, dia das provas de Ciências da Natureza e suas tecnologias e de Ciências Humanas e suas tecnologias. A nota final das provas servirá para que os candidatos tentem vagas em instituições públicas e privadas do País, tanto no ensino superior quanto no ensino técnico.

Segundo professores de cursinhos, para a redação é importante que o aluno esteja bem informado sobre assuntos em destaque no noticiário, como a crise hídrica em São Paulo, a realização da Copa do Mundo no País ou os protestos nas ruas. Também merecem atenção as datas comemorativas, como o cinquentenário do golpe militar. Na última edição, o tema da redação foi “Os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”. 

Diferentemente de outros processos seletivos, no Enem o candidato deve fazer uma proposta de solução ou intervenção social relacionada ao tema da redação. Segundo o edital do exame, no texto os alunos também não podem desrespeitar os direitos humanos, com o manifestações de preconceito por cor ou orientação sexual.

Rigor. Desde o ano passado, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela prova, também aumentou a rigidez contra brincadeiras na redação. Provas com deboches, xingamentos e desenhos serão anuladas pelos corretores. 

Outra mudança em 2013 foi em relação aos equívocos gramaticas ou ortográficos. Só receberão a nota mil, máxima possível na prova, as redações que tenham erros considerados “excepcionais”. Gírias e expressões típicas da língua falada, conforme o edital do exame, também estão vetadas.

As alterações foram feitas pelo Inep após polêmica com algumas redações do Enem 2012. Nessas provas, os candidatos pontuaram, apesar de terem cometido erros graves de português ou colocado uma receita de macarrão instantâneo no meio do texto. 

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