Segurança que asfixiou jovem em mercado no Rio vai responder por homicídio com dolo eventual

Novas imagens, exibidas pela TV Globo, revelam que Pedro Henrique Gonzaga estava desarmado quando foi imobilizado pelo segurança, diferentemente do alegado inicialmente

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Por Roberta Jansen
Atualização:

RIO - Acusado de ser o responsável pela morte de um rapaz por asfixia em uma loja do supermercado Extra, no Rio, o segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio, de 32 anos, vai responder por homicídio com dolo eventual, ou seja, em que assumiu o risco de matar. Novas imagens, exibidas pela TV Globo, revelam que Pedro Henrique Gonzaga estava desarmado quando foi imobilizado pelo segurança, diferentemente do alegado inicialmente.

Pedro Gonzaga foi morto pelo segurança do Extra na Barra da Tijuca Foto: Facebook/ Reprodução

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Um novo inquérito sobre o caso foi encaminhado à Justiça nesta sexta-feira, 15, reunindo diversas imagens de vídeo que refazem o passo a passo do crime desde o momento em que Gonzaga e sua mãe chegam ao supermercado, na Barra da Tijuca, na zona oeste, até a morte do rapaz.

As novas imagens mostram que Gonzaga vai em direção do segurança. Em seguida, ele cai no chão duas vezes e, em seguida, é imobilizado. Amâncio alegou, originalmente, que o rapaz tentou pegar sua arma. Mas uma outra imagem mostra a arma na mão de um outro segurança, Edmilson Félix, comprovando que a vítima não oferecia risco algum.

A pena por homicídio com dolo eventual pode chegar a 30 anos de prisão. O outro segurança, que segurou a arma do colega e assistiu ao estrangulamento, também responderá por homicídio, porque não fez nada para impedir a morte de Gonzaga, a despeito dos diversos alertas feitos por outras testemunhas da cena.

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