O Tribunal Superior de Justiça (STJ) negou hoje pedido de liberdade provisória da defesa do pagodeiro Evandro Gomes Correia Filho, denunciado pelo Ministério Público (MP) pelo assassinato da ex-mulher Andréia Cristina Bezerra Nóbrega e pela tentativa de homicídio do filho de seis anos. Na avaliação dos ministros da Corte, a decisão em primeira instância que decretou a prisão preventiva de Evandro revela periculosidade do réu, o que justifica a manutenção de uma custódia cautelar. "Os motivos mostram-se suficientes para fundamentar a manutenção da prisão", argumenta o ministro João Antônio Noronha, na decisão.Evandro Filho foi preso em dezembro do ano passado depois de quase um mês foragido da polícia. A esposa do pagodeiro morreu ao cair da janela do 3º andar do prédio onde morava, em Guarulhos (SP). O filho do casal, de 6 anos, também caiu do edifício, mas sobreviveu. O MP o acusa de ter ameaçado a mulher e o filho de morte, minutos antes da queda.De acordo com o promotor Marcelo Alexandre de Oliveira, responsável pelo caso, Evandro agrediu fisicamente a ex-mulher e anunciou que mataria Andréia e o filho. "Se ela (Andréia) não tivesse se atirado, ele teria matado os dois com uma faca. Quem produz a morte responde por homicídio", explicou o promotor. O MP pediu à Justiça pena de 30 anos de prisão por homicídio qualificado.Além do pedido liberdade provisória, a defesa do pagodeiro entrou no STJ com pedido de habeas-corpus. O mérito será julgado pela Corte sob a relatoria da ministra Laurita Vaz. A previsão é de que seja apreciado em agosto, depois do período de recesso do Judiciário.
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