Suspeito de matar cinegrafista confessa a jornalista ter acendido rojão

'Acendi sim', disse Caio de Souza à TV Globo, que calou-se sobre sua responsabilidade perante o delegado do caso

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Por Sérgio Torres
Atualização:

Atualizado às 13h56

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RIO - Em entrevista rápida à TV Globo, ainda na delegacia de polícia em Feira de Santana (BA), Caio Silva de Souza disse, em voz baixa, que acendeu o rojão que atingiu e matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes."Acendi sim", balbuciou ele em resposta à pergunta da jornalista. Andrade foi atingido durante um protesto contra a alta da tarifa de ônibus, no Rio, dia 6.

Depois, o acusado afirmou que teve muito receio de ser assassinado. "Fiquei com medo de me matarem". Ao ser perguntando quem poderia matá-lo, limitou-se a dizer: "Pessoas".

Caio Silva de Souza disse na entrevista que, embora tivesse aceso o artefato explosivo, desconhecia seu poderio. "Nem sabia que era um rojão", disse, acrescentando que pensava trata-se de um "cabeção de nego".

O acusado não apresentou ao delegado Maurício Luciano, presidente do inquérito, a mesma confissão transmitida pela emissora. Segundo o policial, ele não quis prestar declarações a respeito do crime.

Em conversa informal com repórteres de emissoras de TV, Caio lamentou a "morte de um trabalhador", como ele própio, sua mãe e seu pai. Ele foi preso na Bahia nesta madrugada.

Prisão. Caio foi detido por volta das 3 horas desta quarta-feira, 12, em um hotel na cidade baiana de Feira de Santana (a 100 km de Salvador). Ele foi levado ao Rio pela em um voo convencional e chegou ao Aeroporto Internacional do Rio às 8h40.

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Caio foi levado para a Cidade da Polícia, em Jacaré, na zona norte, onde o delegado da 17.ª Delegacia de Polícia (DP), Maurício Luciano de Almeida, responsável pela prisão na Bahia, concedeu entrevista coletiva.

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