"A fé moveu montanhas", disse o presidente do Chile, Sebastián Piñera, nas proximidades da mina San José. "A fé, a força, a coragem e a vontade desses 33 mineradores, de seus parentes, dos responsáveis pelo resgate, do governo do Chile e de todos os chilenos tornaram este milagre possível", destacou Piñera, que acompanha pessoalmente as operações, informa a agência Efe.
Os mineradores esperam o início do resgate limpando o refúgio que durante mais de dois meses lhes serviu de lar, segundo Mario Sepúlveda, um dos soterrados. O minerador brincou ao comentar que eles faziam isso porque "nunca se sabe" se será necessário ficar lá por "mais tempo."
Piñera também anunciou que o presidente da Bolívia, Evo Morales, chegará à mina "na noite de hoje ou de madrugada" para acompanhar o resgate do minerador boliviano Carlos Mamani, o único estrangeiro entre os 33 soterrados. "Milhões de pessoas no mundo inteiro compartilharam a dor, a alegria e a esperanças de algo que começou como uma tragédia e esperamos que em poucas horas termine como uma autêntica bênção", disse.
O presidente destacou que o Chile é um país que está acostumado a catástrofes e foi palco de dois dos maiores terremotos da história: o de Valdivia, em 1960, e o que devastou o centro e o sul do país em fevereiro deste ano. "Quando sofremos com as adversidades surge a verdadeira alma, a coragem de nosso povo", afirmou ele na mina, acompanhado de sua mulher, Cecilia Morel.
Segundo o chefe de Estado, o país inteiro aprendeu "uma lição dura e difícil", mas isso o capacita para enfrentar outros desafios, como erradicar a pobreza e vencer o subdesenvolvimento.
Piñera agradeceu "às demonstrações de apoio vindas do mundo inteiro e a solidariedade de muitos países amigos" que ofereceram sua ajuda às autoridades do Chile. "Quero agradecer a todos que nos deram mais força e fé para enfrentar estes 69 dias, que esperamos que seja um momento de alegria a partir desta noite."
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