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Tiroteio durante assalto deixa três pessoas feridas em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

Um médico tentou resistir a um assalto e foi baleado na perna. Um policial viu tudo e foi também alvejado pelo ladrão na boca, mas conseguiu ferir o bandido no pé. O criminoso acabou preso. Desta vez, o tiroteio foi na esquina das Ruas Pamplona e Estados Unidos, nos Jardins, zona sul de São Paulo. Eram 10h30 quando o médico neurologista Thelbas José de Vasconcelos Rolim, de 70 anos, sacou R$ 13.900,00 no caixa de uma agência do Bradesco, dinheiro que seria usado para pagar os funcionários de sua fazenda em Itapetininga, no interior do Estado. Ele havia saído de casa e passado em uma imobiliária, onde recebera R$ 900,00 de um aluguel. Depois, entrou no banco e sacou o dinheiro para o pagamento. Pôs tudo dentro da mala. Ao sair da agência e se aproximar de seu Honda Civic, um jovem armado com uma pistola calibre 45 abordou Rolim. Mandou o médico passar a mala, mas ele resistiu. Para que ele largasse a bolsa, o ladrão disparou na perna do médico. Na agência bancária estava o cabo da Polícia Militar Roberto Carlos Ramos. De folga e sem farda, o policial viu o assalto e mandou o bandido parar, mas o jovem reagiu e disparou um tiro que acertou a boca do PM. O policial ainda conseguiu balear o ladrão no pé com sua pistola calibre 380. O assaltante caiu na calçada e tentava levantar-se para apanhar a arma quando foi detido por outro policial, o investigador Vladimir Spina, da Divisão Anti-Seqüestro (DAS). Também de folga, o investigador ouviu os tiros e correu na direção do banco, detendo-o. "Quando cheguei, ele ia pegar a arma para matar o policial", disse Spina. Após ser medicado, o acusado, que se apresentou com o nome de Péricles Macedo Nubi Júnior, de 18 anos, foi levado ao 78º Distrito Policial, nos Jardins, onde o delegado Narciso Nascimento Silva disse que deveria autuá-lo em flagrante, sob as acusações de tentativa de roubo, tentativa de homicídio e resistência à prisão. O policial militar foi levado para um hospital, onde permanecia internado em estado grave até o fim da tarde de hoje. O médico também foi levado para um hospital, mas estava fora de perigo. Rotina Todo o dinheiro foi recuperado pela polícia e entregue à terapeuta Thêisa Maria Rolim Milares, filha do médico. Na opinião dela, certamente alguém deve ter avisado os bandidos que seu pai ia sacar o dinheiro no banco. "Alguém sabia da rotina dele." O delegado afirmou que o acusado não havia sido preso anteriormente. No entanto, ele pediu ao Instituto de Identificação da Polícia Civil que fosse averiguada a identidade do acusado, para se certificar de que é verdadeira. "Essa área é muito policiada, mas mesmo assim os bandidos tentar agir por aqui", afirmou.

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