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Unidade contra dengue fica em meio a fogo cruzado

Por Pedro Dantas
Atualização:

O segundo dia de operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio, foi marcado por intenso tiroteio, que deixou uma mulher ferida e aterrorizou os pacientes da tenda de hidratação montada pelo governo do Estado para vítimas da dengue, ao lado do Hospital Getúlio Vargas (HGV), no mesmo bairro. O confronto ocorreu no Morro da Chatuba, vizinho à Vila Cruzeiro, onde policiais do Bope apreenderam farta munição para metralhadora .50. A ação policial na parte alta do morro era para a retirada de um ônibus usado como barricada pelos traficantes para impedir a passagem da polícia. "Meu filho estava no soro quando começaram os tiros. Me joguei com ele no chão e o protegi com o corpo. Fiquei nessa posição por 20 minutos, até cessarem os disparos", contou Cosme Martins dos Reis, presidente da Associação dos Funcionários do HGV. Bombeiros e enfermeiros que atuam na tenda ameaçaram suspender as atividades, caso o risco de balas perdidas continue. A Secretaria Estadual de Saúde informou que nenhum tiro atingiu a tenda. Os três pacientes que passaram mal foram para o HGV. Apesar do intenso tiroteio, que começou por volta das 14 horas e durou 40 minutos, a única vítima levada ao HGV foi Ruth do Nascimento, de 54 anos, atingida no abdome, dentro de casa, por bala perdida. Anteontem, na Vila Cruzeiro, nove pessoas morreram em confronto com a polícia. Das sete feridas, quatro permanecem internadas. Os 14 presos na operação estão detidos e responderão por associação ao tráfico.

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