No segundo dia do julgamento da cabeleireira Adriana de Almeida, a "Viúva da Mega-Sena", um gerente de banco contou que foi procurado por Renné Senna, dias antes de sua morte, para saber como poderia desfazer a conta conjunta que mantinha com Adriana. O gerente chegou a ir à casa de Senna, mas este havia desistido. Ainda de acordo com o gerente, Adriana esteve no banco três ou quatro dias após a morte do milionário para saber se poderia ter acesso ao R$ 1,8 milhão que o casal tinha na conta conjunta.
Ex-lavrador e ex-vendedor de doces à beira da estrada, Renné Senna foi assassinado a tiros em janeiro de 2007, dois anos depois de ganhar R$ 52 milhões na Mega-Sena. De acordo com o inquérito policial, a viúva Adriana Almeida mantinha casos extraconjugais e teria contratado dois ex-seguranças do marido para assassiná-lo. Anderson de Souza e Ednei Pereira foram condenados a 18 anos de prisão pela execução do milionário.
Adriana foi a julgamento em 2011, mas foi absolvida. O julgamento foi anulado porque dois integrantes do júri se encontraram em um posto de gasolina antes de proferirem a decisão - os integrantes do conselho de sentença não podem ter contato para não interferir na decisão.
Iniciado na terça-feira, 13, o julgamento de Adriana de Almeida tem previsão de terminar nesta quinta-feira. O depoimento mais longo até agora foi de Renata Senna, filha do milionário. Ela disse que o pai desconfiava de que era traído por Adriana e pretendia retirar o nome dela do testamento. Um suposto amante de Adriana também foi interrogado. Nesta quinta-feira, 14, Adriana de Almeida será interrogada. A decisão deve sair à tarde.