Embora a deficiência de vitamina D no sangue esteja associada a um risco maior de uma pessoa desenvolver câncer, altas taxas do nutriente no organismo podem não reduzir as chances de tipos de cancro menos comuns. Um estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer, nos EUA, mostra que não há efeito protetor contra o linfoma não-Hodgkin, câncer de endométrio, esôfago, rim, ovários e pâncreas.
As análises de amostras de sangue realizadas por dez estudos individuais foram combinadas para verificar se pessoas com altos níveis de vitamina D estavam menos propensos a desenvolver tipos mais raros de câncer.
"Não vimos uma redução no risco de câncer em pessoas com altas concentrações de vitamina D no sangue em relação à concentração normal para qualquer um desses tipos de câncer", diz Demetrius Albanes, um dos pesquisadores envolvidos no trabalho. "E, no outro extremo do espectro da vitamina D, não vimos maior risco de câncer em participantes com baixos níveis".
Mais de 12 mil pessoas participaram do estudo. Alguns indivíduos desenvolveram câncer. As concentrações de vitamina D foram medidas por 25-hidroxivitamina D, a principal forma da vitamina presente no sangue.
A vitamina D é produzida naturalmente pelo corpo quando a pele é exposta à luz solar, mas também pode ser obtida pela ingestão de alguns alimentos naturalmente ou suplementos nutricionais. Ela é essencial para o bom desenvolvimento dos ossos, absorção de cálcio e sistema imunológico equilibrado.
Veja também:
- Vitamina B6 pode reduzir risco de câncer de pulmão em até 50% - Deficiência de vitamina D pode ter causa genética em algumas pessoas - Brócolis enriquecido pode ter maior atuação anticancerígena - Suplementos de vitamina D podem combater efeitos da doença de Crohn - Terapia com vitamina D pode atuar como uma quimioterapia natural - Questionário é incapaz de dizer se níveis de vitamina D são adequados