Nasa lança telescópio espacial James Webb com sucesso

O observatório pretende detectar planetas capazes de abrigar vida, além de enxergar as primeiras luzes do Universo e a formação das primeiras estrelas e galáxias

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Por Redação
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A bordo do foguete Ariane 5, o telescópio espacial James Webb foi lançado pela agência espacial americana (Nasa) às 9h20 deste sábado, 25. O lançamento ocorreu na base da Agência Espacial Europeia (ESA) em Kourou, na Guiana Francesa. 

Foguete Ariane 5 com o telescópio espacial James Webbé lançadoem Kourou, Guiana Francesa. Foto: NASA TV / AFP

Às 5h, a Nasa informou que a previsão do tempo estava favorável e que a equipe havia autorizado o abastecimento do Ariane, dando início a contagem regressiva. O foguete europeu teve a função de "medir os ventos de grande altitude com a ajuda de balões para garantir a segurança absoluta do lançamento".

Por volta das 9h50, o motor do estágio superior do foguete europeu se desligou e o telescópio se separou. "Webb, agora, está voando sozinho", informou a Nasa. 

Aproximadamente 30 minutos após o lançamento, o painel solar do telescópio já havia começado a se abrir. Função concluída também pelas 9h50. Agora, ele tem uma longa viagem de 1,5 milhão de quilômetros pela frente. 

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Agora, ele tem uma longa viagem de 1,5 milhão de quilômetros pela frente, até Lagrange Point 2. Como vai orbitar o Sol, o telescópio conta com a proteção de um escudo solar do tamanho de uma quadra de tênis - cuja função é criar uma diferença de temperatura entre os lados frio e quente da nave e manter o observatório a 233ºC .

Na transmissão ao vivo do lançamento, o administrador da Nasa Bill Nelson disse que este é um “bom dia para o planeta Terra”. Ele declarou que o telescópio vai proporcionar uma viagem no tempo para “o começo do Universo”, e descobrir “coisas incríveis que nunca imaginamos”. 

James Webb

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Desenvolvido pela Nasa, com a colaboração da ESA e da Agência Espacial Canadense (CSA), o observatório pretende detectar planetas capazes de abrigar vida, além de enxergar as primeiras luzes do Universo e a formação das primeiras estrelas e galáxias logo após o Big Bang – a explosão primordial que deu origem a tudo. Com 30 anos de atraso, os recálculos orçamentários levaram a missão a um custo final inédito: R$ 51 bilhões.

Projetado para ser o substituto do telescópio Hubble – lançado em 1990 e ainda em funcionamento –, o James Webb é um instrumento bem maior, muito mais complexo e com metas mais ambiciosas. O novo telescópio não vai estudar a parte visível do espectro eletromagnético como fazem o Hubble e observatórios em operação na Terra. O JW captará a radiação em infravermelho.

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