Christie´s faz leilão de cachaça em Londres

É a primeira vez que a bebida é vendida em um leilão internacional - este tipo de negócio é geralmente feito em torno de vinhos de safras exclusivas

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Cinco garrafas de cachaça envelhecida foram a leilão nesta quinta-feira na prestigiada Christie´s, em Londres, com lance mínimo de 250 libras (cerca de R$ 1.050). Foi a primeira vez que a bebida foi vendida em um leilão internacional - este tipo de negócio é geralmente feito em torno de vinhos de safras exclusivas. A venda na Christie´s parece ser mais um dos investimentos da marca Sagatiba para conquistar o consumidor britânico. A empresa criada em 2004 já vinha mostrando sua estratégia ao comprar espaços publicitários nas principais revistas do país. Segundo a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), as exportações de cachaça vêm crescendo a um ritmo de 10% ao ano. Paulo Ventura, da importadora DNS, que há quatro anos vende na Grã-Bretanha a marca gaúcha Birds, conta que o volume de negócios aumentou 300% nos últimos tempos, e credita o sucesso à popularidade da caipirinha. "Ela foi eleita o drink mais badalado do ano passado", lembra. Apesar disso, no mercado britânico, ela ainda compete diretamente com outras das chamadas "white spirits" ("bebidas brancas"), como a vodka e a tequila. "O volume total da cachaça vendida na Grã-Bretanha ainda é muito pequeno", afirma Ajith Jaya-Wickrema, diretor da rede de restaurantes Las Iguanas, especializada em gastronomia latino-americana. "Eu diria que a cachaça representa 10% do total das bebidas alcoólicas vendidas em restaurantes." Jaya-Wickrema, que importa cachaça há 15 anos, lembra que o paladar britânico é muito diferente do brasileiro - o que significa que, na Grã-Bretanha, a cachaça seja praticamente consumida em caipirinhas ou em outros coquetéis. "O britânico gosta de misturar as bebidas e os coquetéis são cada vez mais populares por aqui, mesmo entre os homens", explica. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.