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Em Veneza, Guillermo Arriaga apresenta sua estréia na direção

'The Burning Plain', com Charlize Theron, apresenta a mesma fórmula usada por Arriga no roteiro de 'Babel'

Por Massimo Sebastiani e da Ansa
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Um homicídio inconfessável, um amor trágico, uma mãe renegada, uma filha abandonada e um passado que retorna. Em The Burning Plain, em concurso na 65.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, o roteirista mexicano Guillermo Arriaga, indicado ao Oscar de roteiro por Babel, faz sua estréia como diretor de uma grande produção. Veja também:Galeria com imagens do 65.º Festival de Veneza  Do lado de trás das câmeras, Arriaga repete novamente o esquema que o tornou célebre, cruzando histórias aparentemente distantes entre si para conduzir o espectador a um vertiginoso final. Na cidade norte-americana de Portland, Sylvia (Charlize Theron) cuida de um restaurante com uma amiga e, com a mesma frieza do clima que a circunda, coleciona homens como figurinhas durante uma desesperada procura por um amor que não existe. Na fronteira com o México, Gina (Kim Besinger) rompe a monotonia de sua vida familiar graças aos encontros clandestinos em um trailler no deserto com o mexicano Nick (Joaquim de Almeida). Já sua filha Marina (Jennifer Lawrence), acaba se apaixonando, com grande escândalo, pelo filho de Nick, Santiago. Enquanto isso, a pequena Maria (Tessa Ia), reencontra a mãe após doze anos. Revelar mais seria injusto para o espectador, ao quem Arriaga joga uma série de desventuras, dores, fatalidades e revelações, fazendo um passeio entre o espaço e o tempo, entre o Oregon e a Baixa Califórnia, entre o antes e o depois. E, como foi possível comprovar em Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, Arriaga é insuperável na manipulação dos segredos e sentimentos de seus personagens . No entanto, dessa vez ele não conta com a ajuda da mão firme do amigo Alejandro González Iñarritu na direção. Personagens complexas Durante a coletiva de imprensa de The Burning Plan, a atriz sul-africana Charlize Theron afirmou que gosta de interpretar personagens complexas. "Interpreto sempre personagens com defeitos porque é assim que somos. Em todos os filmes há algo de real que comove e dá arrepios. Há quem experimente esses arrepios uma ou duas vezes na vida. Outros, muitas vezes", disse a atriz, que ganhou o Oscar por Monster - Desejo Assassino, em que faz uma serial killer que é condenada à morte.

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