Festival de Cinema de Havana começa com prece por Fidel

O presidente do festival, Alfredo Guevara, fez votos pelo restabelecimento de Castro

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Por Agencia Estado
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O 28.º Festival de Cinema de Havana, que celebra o novo cinema latino-americano, começou com uma prece revolucionária pela saúde de Fidel Castro, de 80 anos, que está afastado do poder vítima de uma doença não divulgada. Castro foi submetido a uma cirurgia no intestino em 27 de julho e, no dia 31, delegou todos os seus poderes ao irmão Raúl. O escritor colombiano prêmio Nobel de Literatura de 1982, Gabriel García Márquez, e o ator britânico Ralph Fiennes (O Jardineiro Fiel) foram os astros da cerimônia de abertura da festa, assediados por centenas de convidados e curiosos na entrada do teatro Karl Marx de Havana, em busca de autógrafos. Em seu discurso de abertura, o presidente do festival, Alfredo Guevara, fez votos para o restabelecimento de Castro que disse ter "se empenhado para que o povo eduque sua sensibilidade e para que os artistas se formem em escolas idôneas. Com seu exemplo, ele fixou uma norma", disse Guevara. Na cerimônia de abertura foi exibido o filme O Labirinto do Fauno, do diretor mexicano Guillermo del Toro, que está em cartaz nos cinemas brasileiros. Mostra exibe mais de 460 filmes O festival, que se estenderá até o dia 15, vai exibir mais de 460 filmes, 105 deles em competição, e oferecerá mostras paralelas de cinema da Alemanha, Espanha e Suíça. A mostra coincide com o 20.º aniversário da criação da Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Baños, ligada à Fundação do Novo Cinema Latino-americano, presidida por Gabriel García Márquez há 21 anos. Entre os convidados para a comemoração da escola estão, além de Fiennes e o autor do clássico da literatura Cem Anos de Solidão, os diretores Stephen Frears e Fernando León. Brasileiros e argentinos em destaque O Brasil terá participação destacada nesta 28.ª edição. Cinco filmes nacionais integram a mostra competitiva de ficção e um jornalista brasileiro - Luiz Zanin Oricchio, do Estado - integra o júri oficial das obras de ficção. Brasil e Argentina dividem a liderança numérica dos filmes da competição, cada um com cinco filmes. Os brasileiros são - Antônia, de Tata Amaral; É Proibido Proibir, de Jorge Durán; O Céu de Suely, de Karim Aïnouz; O Maior Amor do Mundo, de Cacá Diegues; e Os 12 Trabalhos, de Ricardo Elias. Os argentinos - Crônica de Una Fuga, de Israel Adrian Caetano; El Camino de San Diego, de Carlos Sorín; El Custódio, de Rodrigo Moreno, em cartaz no Brasil como O Guardião; Nascido y Criado, de Pablo Trapero; e Derecho de Familia, de Daniel Burman.

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