Festival do Rio: ‘Paloma’, sobre mulher trans que sonha em casar na igreja, é o vencedor; veja lista

Festival de Cinema do Rio de Janeiro anunciou os vencedores no domingo, 16

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

O Festival de Cinema do Rio realizou a festa de premiação da Première Brasil de 2022 na noite de domingo, 16, no Cine Odeon. Como a diretora artística Ilda Santiago não se cansou de destacar, foi uma Première escandalosa de tão boa, com uma seleção potente, e crítica, e vigorosa, apesar das dificuldades que a cultura têm enfrentado no País.

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O júri da competição foi formado por Antônio Pitanga (presidente), Clélia Bessa, Andreia Horta, João Jardim, Bernard Payen e Eleonora-Granato-Jenkinson. O júri da competição Novos Rumos foi presidido por Sara Silveira, com a participação de Alice Marcone, Dina Salem Levy e Eduardo Ades.

O ator Paulo Gustavo foi homenageado, e sua mãe subiu ao palco para receber seu troféu.

Timothy Wilson também causou emoção. Ao receber o Troféu Redentor de Melhor Ator Coadjuvante, ele disse: “Esse prêmio é para provar que autista também sabe atuar” - e fui muito aplaudido.

Os discursos foram quase sempre políticos, de resistência.

Cena do filme Paloma, de Marcelo Gomes Foto: Pandora Filmes

Paloma, de Marcelo Gomes, o grande vencedor do Festival do Rio, estreia nos cinemas em 10 de novembro. Ele parte de uma história real sobre uma mulher trans que trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco. Seu maior sonho é se casar na igreja católica com seu namorado. Eles já vivem juntos e criam uma filha de 7 anos. Mas padre recusa o pedido - e isso não a fará desistir de seus sonhos.

Veja os vencedores do Festival de Cinema do Rio

Première Brasil

  • Melhor longa de ficção: Paloma, de Marcelo Gomes (Carnaval Filmes)
  • Melhor longa documentário: Exu e o Universo, de Thiago Zanato (Em Caliente Films)
  • Menção honrosa do júri: 7 Cortes de Cabelo no Congo, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi
  • Prêmio Especial do Júri: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Cinco da Norte)
  • Melhor direção de ficção: Julia Murat, por Regra 34
  • Melhor direção de documentário: Juliana Vicente, por Diálogos com Ruth de Souza
  • Melhor fotografia: Joana Pimenta, por Mato Seco em Chamas
  • Melhor roteiro: Carolina Marcowicz, por Carvão
  • Melhor direção de arte: Marines Mencio, por Carvão
  • Melhor montagem: Matheus Farias, por Propriedade
  • Melhor atriz coadjuvante: Aline Marta, por Carvão
  • Melhor ator coadjuvante: Timothy Wilson, por Fogaréu
  • Melhor ator: Dario Grandinetti, por Bem-vinda, Violeta!
  • Melhor atriz: Kika Sena, por Paloma
  • Melhor curta: Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles

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Première Brasil Novos Rumos

  • Melhor longa: Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre
  • Melhor direção: Leonardo Martinelli por Fantasma Neon
  • Prêmio Especial do Júri: Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo
  • Melhor curta: Curupira e a Máquina do Destino, de Janaina Wagner

O Prêmio Felix, que contempla filmes de temática LGBTQIA+, também foi atribuído a Paloma, de Marcelo Gomes, que foi o grande vencedor dessa edição.

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