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Filme de Haneke está entre os favoritos para premiação em Cannes

Por MIKE COLLETT-WHITE
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O Festival de Cinema de Cannes teve aplausos e vaias em igual medida este ano, deixando seu público apaixonado e exigente com muito para amar, odiar e rir. Faltando dois dias para o encerramento da maratona cinematográfica de 12 dias, o festival também encontrou o equilíbrio entre apresentar filmes independentes de todo o mundo e atrair estrelas suficientes para o tapete vermelho para satisfazer a sede de glamour e celebridades. E, ao contrário de alguns festivais recentes, os vips continuavam aparecendo até o fim, com o galã de "Crepúsculo" Robert Pattinson devendo certamente atrair grandes multidões nesta sexta-feira para a estreia mundial de seu filme "Cosmopolis", sobre a crise financeira. A maior vitrine cinematográfica do mundo termina com uma cerimônia de premiação no domingo, quando a cobiçada Palma de Ouro de melhor filme será anunciada. Enquanto muitos dos 4.000 jornalistas e críticos preparam suas malas para voltar para casa, as conversas se voltavam para quais dos 22 filmes na disputa principal têm mais chance de ganhar. O austríaco Michael Haneke, que está ganhando reputação de melhor diretor da Europa, levou o público às lágrimas com "Amour" (Amor), um retrato contido da doença e morte de uma mulher idosa e de como o marido lidou com isso. As performances dos atores Jean-Louis Trintagnant e Emmanuelle Riva, ambos na casa dos 80, foram destacadas, embora Cannes tenha o costume de não conceder vários prêmios ao mesmo filme. Outra representação do sofrimento, desta vez baseado em um exorcismo da vida real que tragicamente deu errado, colocou o romeno Cristian Mungiu com uma boa chance de vitória com "Beyond the Hills", passado em um remoto mosteiro. Qualquer dos dois filmes seria um vencedor popular, mas o fato de ambos os diretores já terem ganhado a Palma de Ouro antes pode afetar a decisão dos juízes. Pelo menos mais seis filmes elegíveis são vistos como candidatos, com alguns dividindo a opinião dos espectadores do festival. Das cinco produções norte-americanas em competição, "Killing Them Softly", estrelado por Brad Pitt, tem sido a mais popular até agora, contando uma história de gangsters em um cenário de crise econômica e política nos Estados Unidos.

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