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Greta Gerwig vai presidir júri do Festival de Cannes e Lupita Nyong’o, o do Festival de Berlim

Diretora de ‘Barbie’ é a pessoa mais jovem na presidência desde 1966 e Lupita, atriz vencedora do Oscar, é a primeira pessoa negra a presidir o júri da Berlinale, que também anunciou sua nova diretora

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Por Redação
Atualização:

O Festival de Cinema de Cannes anunciou nesta quinta-feira, 14, que Greta Gerwig, diretora do sucesso de bilheteria Barbie e de Adoráveis Mulheres, vai presidir o júri da 77ª edição do evento, em maio de 2024. No início da semana, a atriz Lupita Nyong’o foi apresentada como a presidente do júri do Festival Internacional de Cinema de Berlim. A Berlinale também revelou que a americana Tricia Tuttle assume, a partir de abril, a diretoria festival,

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Greta, que tem 40 anos e é também atriz e roteirista, será a sucessora do sueco Ruben Ostlund, que presidiu o júri que concedeu a Palma de Ouro de 2023 ao drama Anatomia de uma Queda. Ela será a primeira americana a comandar o júri, informou o festival em um comunicado.

A presença de Gerwig deve rejuvenescer Cannes, que não tem uma pessoa tão jovem na presidência do júri desde 1966, quando a atriz italiana Sophia Loren, então com 31 anos, foi o principal nome.

Também será a primeira mulher à frente do festival desde Cate Blanchet, que presidiu em 2018 o júri do festival de grande prestígio.

Greta Gerwig, diretora de 'Barbie', Adoráveis Mulheres' e 'Ladybird' Foto: Mario Anzuoni//Reuters

Além de “Barbie”, uma sátira feminista sobre a famosa marca de bonecas, Gerwig dirigiu Lady Bird (2017) e Adoráveis Mulheres (2019). Atualmente, ela trabalha em uma adaptação de As Crônicas de Nárnia para a Netflix. Também atuou em mais de 20 filmes.

Festival de Berlim

A atriz mexicano-queniana Lupita Nyong’o presidirá, em fevereiro, o júri do Festival Internacional de Cinema de Berlim, primeiro grande encontro cinematográfico do ano na Europa. A Berlinale, como o evento alemão é popularmente conhecido, disse que Nyong’o será a primeira pessoa negra em seus 74 anos de história a dirigir o painel que seleciona os ganhadores dos principais prêmios, o Urso de Ouro e o Urso de Prata.

Os diretores do festival, Mariette Rissenbeek e Carlo Chatiran, se declararam “felizes e orgulhosos” de Nyong’o, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por 12 Anos de Escravidão, ter aceitado o posto.

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“Lupita Nyong’o encarna aquilo que gostamos no cinema: versatilidade para realizar diferentes projetos, se dirigir a diferentes públicos e coerência com uma ideia que é bastante reconhecível em seus personagens, por mais diversos que pareçam”, afirmaram em um comunicado.

Nyong’o nasceu na Cidade do México de pais quenianos e cresceu no Quênia antes de estudar cinema e teatro nos Estados Unidos, onde trabalhou inicialmente em várias produções cinematográficas.

Seu primeiro grande sucesso como atriz veio com o papel de Patsey no impactante longa de Steve McQueen, que lhe rendeu um Oscar.

A atriz Lupita Nyong'o vai presidir o júri da Berlinale Foto: Lucas Jackson/Reuters

Seus outros sucessos nas telonas incluem o papel da guerreira Nakia no filme de super-heróis da Marvel Pantera Negra e sua sequência, o filme de terror de Jordan Peele Nós e Star Wars: O Despertar da Força.

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A Berlinale, que acontecerá entre 15 e 25 de fevereiro, com um catálogo de filmes reduzido, segundo informou a ministra da Cultura alemã na terça, 12, é, ao lado de Cannes e Veneza, um dos três festivais de cinema mais importantes da Europa, e serve como lançamento anual para a indústria. Outra novidade é que a americana Tricia Tuttle, de 53 anos, assumirá, a partir de abril, a diretoria do evento.

Especialista na indústria cinematográfica, Tuttle trabalhou na Academia Britânica de Cinema Bafta e dirigiu o London Film Festival. Atualmente é chefe do departamento de realização de longas-metragens da National Film and Television School, perto de Londres. Tuttle substituirá Mariette Rissenbeek e Carlo Chatrian, que dirigem o festival em dupla desde 2020 e organizarão conjuntamente a edição de 2024.

Após Rissenbeek anunciar sua aposentadoria, a ministra alemã declarou o seu desejo de retornar a uma direção única, pressionando o diretor artístico Chatrian, que tem boa reputação entre os diretores, a abdicar do cargo. O movimento gerou alguns problemas. Em uma carta aberta, mais de 200 cineastas, incluindo Martin Scorsese, Paul Schrader, Claire Denis e Ryusuke Hamaguchi, pediram a Roth que prorrogasse o contrato de Chatrian, mas sem sucesso.

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Sua chegada é uma aposta para devolver o brilho a um evento em declínio. A edição de 2024 apresentará apenas cerca de 200 filmes, em comparação aos 287 em 2023, devido ao aumento dos gastos financeiros. / COM AFP

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