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Lars Von Trier diz que se acostuma aos poucos com doença de Parkinson

Ele apresentou 'The Kingdom Exodus' no Festival de Veneza e participou do evento por videoconferência

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Por Redação
Atualização:

O diretor dinamarquês Lars von Trier estreou, no Festival de Veneza, o filme The Kingdom Exodus, a terceira parte de sua corrosiva série The Kingdom (1994 e 1997), que encerrou quando já estava com a doença de Parkinson. “Eu diria que estou muito além desse tremor que, às vezes, é difícil de combater. Mas me sinto melhor, um pouco mais estúpido do que no passado e isso diz muito”, afirmou ironicamente esse cineasta provocador, arrancando aplausos na entrevista coletiva por videoconferência.

O diretor dinamarquês Lars von Trier Foto: Stephane Mahe/ Reuters

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Von Trier sempre quis terminar aquela série de televisão de médicos malucos dos anos noventa, Riget, da qual só havia lançado duas temporadas (1994 e 1997). Por isso, há três anos e meio começou a trabalhar em uma terceira parte para fechar pela primeira vez uma trilogia e assim surgiu O Reino Êxodo, recebido com entusiasmo pela imprensa e crítica na sua primeira exibição, em Veneza.

O cineasta reabre assim as portas daquele hospital em que o mal se enraizou há um quarto de século, no qual médicos, enfermeiros e pacientes dinamarqueses e suecos se xingam, se agridem e se atacam, e onde o mistério emana de uma mistura de horror e comédia. 

Como o tempo passa, o diretor teve de criar novos personagens, já que muitos dos atores morreram nesses anos. “Já tive momentos difíceis na minha vida e vários projetos que poderiam ter nascido, mas não vingaram. Não foi fácil. Por isso, foi um prazer escrever essa história e, como me diverti fazendo, espero que seja o mesmo para quem vê”, disse.

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