AFP - Um tribunal civil de Nova York considerou nesta quinta-feira, 10, o cineasta canadense Paul Haggis responsável pelo estupro de uma publicitária em 2013 e o ordenou pagar à mulher US$ 7,5 milhões.
O júri decidiu contra Haggis, roteirista e diretor do vencedor do Oscar Crash: No Limite (2004), em um processo por estupro após um julgamento civil de duas semanas em Manhattan, informou a mídia americana.
Em dezembro de 2017, a agente publicitária Haleigh Breest acusou o cineasta de ter abusado dela e cometido estupro em janeiro de 2013, quando ela tinha 26 anos.
Em meio à onda do movimento #MeToo de denúncias de violência sexual e sexismo contra as mulheres, outras três mulheres o acusaram de agressões sexuais.
Em junho deste ano, Haggis foi detido no sul da Itália, após a denúncia de uma jovem por agressão sexual. Ele negou e acabou sendo liberado.
Em sua denúncia, Breest contou que, em 31 de janeiro de 2013, após a exibição de um filme em Manhattan, o diretor insistiu para que os dois fossem beber alguma coisa em sua casa, ao invés de irem a um bar como ela queria. Já em sua residência, Haggis obrigou a mulher a fazer sexo oral nele e depois a violentou.
No julgamento, a defesa do diretor sugeriu que a ação de Breest havia sido guiada pela Igreja da Cientologia depois que ele deixou de fazer parte da mesma e passou a criticá-la. Essa tese, no entanto, foi refutada pelos advogados da denunciante.
Nesse caso, Haggis não enfrenta acusações criminais.
Outros filmes roteirizados por Paul Haggis incluem Menina de Ouro (2004), A Conquista da Honra e Cartas de Iwo Jima (2006), além de Casino Royale (2006) e Quantum of Solace (2008), da franquia de James Bond.