Paulo Gustavo quer repetir o sucesso de 'Minha Mãe é uma Peça' com 'Vai Que Cola'

Filme terá estreia no dia 1º de outubro nos cinemas; terceira temporada na série começa dia 18 na TV; confira o trailer

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

São sempre números superlativos, quando o assunto é Paulo Gustavo. O cara mede-se por milhões. Minha Mãe É Uma Peça – O Filme fez 4,5 milhões de espectadores nos cinemas, vendeu 2,5 milhões de ingressos no teatro. Hiperativo também fez 1,5 milhão no teatro e 220 Volts, 900 mil. Vai Que Cola, no Multishow, é a maior audiência de humorístico da TV paga brasileira. O filme estreia na quinta-feira, dia 1.º. Paulo Gustavo está otimista. Acha que vai colar. A terceira temporada estreia em 19 de outubro, quase três semanas após o lançamento do filme. “Estamos dando tempo para o público assimilar e pedir mais”, anuncia.

Muita gente, quantos milhões? Ele não consegue se decidir entre o Valdomiro de Vai Que Cola e a Dona Hermínia de Minha Mãe É Uma Peça. Nem o próprio Paulo Gustavo consegue se decidir entre seus numerosos personagens. Neste fim de semana ele está em Fortaleza com 220 Volts. Termina de gravar Vai Que Cola, a série, e o filme já estará arrebentando (ele espera). As turnês teatrais vão até o começo do ano e aí ele tira férias, porque ninguém é de ferro. Em março volta para atacar Minha Mãe É Uma Peça, o Filme – Volume 2. “Estamos escrevendo o roteiro. Está bem engraçado”, promete. O plural, nós, não é majestático. Paulo Gustavo e Deus. Ele pode ter escrito Minha Mãe É Uma Peça, o 1, sozinho, mas agora não dispensa as parcerias. “Estou cercado de gente boa e talentosa”, garante. O próprio diretor de Vai Que Cola – O Filme, que também vai dirigir Minha Mãe 2, César Rodrigues, é um acréscimo novo ao time. “Gente nova sempre chega com ideias, querendo contribuir, e é ótimo.”

Versátil e carismático. 'É preciso ser rápido no gatilho. E eu sou', diz o ator Foto: Páprica Fotografia/Divulgação

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Mas ninguém mais que ele sabe o que seu público espera. O repórter que o diga. Há alguns meses, convidado pela produção, foi assistir à filmagem de Vai Que Cola, no Rio. Zona Sul, Ipanema – no limite do Arpoador –, calor de rachar. A cena passava-se na praia. Valdomiro e Ferdinando, o concièrge, avançavam cheios de pacotes pela areia. O diretor acompanhava a cena pelo monitor, na barraca instalada pela produção. Take 1, 2, 3. A cena não andava. E aí, do nada, sem anunciar a ninguém, Paulo Gustavo improvisou. Chamou Ferdinando de ‘veado’, o bordão do personagem, enfiou a perna diante da dele. Ferdinando, ou melhor, Marcus Majella, caiu, os pacotes esparramaram-se. Na barraca, a cena foi recebida com surpresa – e gargalhadas. Na areia, Paulo Gustavo tirou sarro de Majella, que comeu areia e despejou uma torrente de palavrões sobre ele. E até a turma que jogava frescobol parou para acompanhar a cena, e também rir.

Instado pelo repórter, Paulo Gustavo, numa entrevista realizada esta semana, por telefone, reflete. “A gente cuida muito do roteiro, mas de alguma forma aquela cena não estava boa. Estava mal estruturada. Não rendia. Fiz como a gente faz no teatro. Se a cena não motiva a plateia, a gente improvisa. Mas é preciso ser rápido no gatilho. E eu sou.” E continua: “Sou muito observador, estou sempre observando, vendo tudo o que se passa ao redor. Meu olho faz 360 graus e eu decido logo, mas isso, é claro, é coisa que a gente vai adquirindo com anos de estrada.” No filme, Valdomiro, que precisou se esconder na pensão do Méier após se envolver numa falcatrua na empresa da qual era sócio, volta ao apartamento na zona sul. Mas, como a pensão foi interditada, ele se sente na obrigação de levar todo mundo para casa.

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O filme constrói-se no choque entre comportamentos das zonas Norte e Sul do Rio. A terceira temporada da série, que Paulo Gustavo grava a todo vapor – 25 episódios estarão prontos até a reestreia –, tem outro plot. “Todo mundo joga na loteria, como é que se chama mesmo, Mega-Sena?, menos o Valdomiro. O grupo ganha, ficam todos ricos, menos eu. E aí começam a me atazanar. E eu pobre, pê da cara, continuo reclamando de ter de vender minhas quentinhas. A gente tem se divertido muito nas gravações. É um grupo muito heterogêneo, a gente se zoa demais. E cada episódio tem uma participação. Temos recebido gente muito bacana. Malu Valle, Hernani Morais. A Malu faz cinco episódios. Quem mais? Ai, quem mais, meu Deus? Que cabeça, m..., não consigo lembrar.” Embora Paulo Gustavo viva dizendo que o humor dele é familiar, o rei dos números é também o rei do palavrão. Na entrevista abaixo, ele reflete sobre isso.

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