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‘Priscilla’ conta a história da mulher que lidou com a personalidade sombria de Elvis Presley

Filme que estreia dia 4 de janeiro tira Priscilla Presley das sombras e mostra que o rei do rock escolhia até o cor de cabelo que ela deveria usar

Por Gilda Le Roux
Atualização:

AFP - O ‘rei do rock’ do ponto de vista de sua esposa: a diretora Sofia Coppola escolheu a perspectiva de Priscilla Presley, escondida nas sombras até então, para relatar os altos e baixos de um casal icônico nas grandes telas.

A atriz Cailee Spaeny como Priscilla Presley, em uma cena de 'Priscilla'. (Sabrina Lantos/A24/Divulgação) Foto: Sabrina Lantos/A24/Divulgação

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O filme Priscilla, que estreia nos cinemas brasileiros no próximo dia 4 de janeiro, foi baseada no livro Elvis e Eu, de 1985, no qual Priscilla Presley conta sua vida ao lado do astro, com quem esteve casada de 1967 a 1973.

“Elvis e Priscilla são um casal lendário, mas não sabemos muitas coisas sobre ela nem seu ponto de vista”, explicou em setembro a cineasta americana Sofia Coppola, de 52 anos, ao apresentar o filme no Festival de Veneza.

Elvis conheceu-a na Alemanha durante seu serviço militar. Na época, Priscilla tinha apenas 14 anos, dez menos que ele.

Ela foi levada, logo após, para sua mansão em Graceland, onde ela precisou lidar com o ambiente ao seu redor, com uma personalidade sombria de Elvis e sua dependência em medicamentos. O “rei do rock” escolhia as roupas da esposa e, também, a cor do cabelo.

Em 1968, o casal teve uma filha, Lisa-Marie - que morreu em janeiro de 2023. Em 1973, o casamento acabou com a partida de Priscilla.

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A diretora de Encontros e Desencontros e Maria Antonieta vê seu filme como “uma história humana” sobre “a evolução de uma jovem neste mundo, que acaba partindo para encontrar seu lugar”.

O papel principal é interpretado pela americana Cailee Spaeny, que ganhou o prêmio de melhor interpretação feminina em Veneza. O australiano Jacob Elordi, conhecido pelo papel na série Euforia, dá vida a Elvis Presley, que morreu em 1977.

Enquanto o Elvis, de Baz Luhrmann (2022), concentra-se na relação do cantor com seu empresário, o de Sofia Coppola prioriza “o ponto de vista de Priscilla”.

“Me imaginei em sua história e realmente tentei fazer o filme do ponto de vista dela”, explicou.

“O amor da minha vida”

O ator Jacob Elordi como Elvis e Cailee Spaeny como Priscilla Foto: Sabrina Lantos/A24/Divulgação

“Isso é o que eu gosto no cinema: a possibilidade de viver a história de outra pessoa muito diferente de mim”, disse Coppola.

Coppola contou que brincou com as cores, usando tons mais vibrantes, como quando o casal vai para Las Vegas, e escolhendo a trilha sonora do filme, que combina temas da época com outros mais contemporâneos - mas não usa músicas de Elvis.

Priscilla Presley, atualmente com 78 anos, esteve muito envolvida na realização do filme, dando conselhos e compartilhando memórias com Sofia Coppola e os outros atores.

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“É muito difícil estar sentada e assistir a um filme sobre você, sobre sua vida, sobre seu amor”, confessou emocionada em Veneza, antes de explicar por que decidiu deixar o “rei do rock”.

“Eu fui embora, mas não porque eu não o amava mais. Era o amor da minha vida. No entanto, seu estilo de vida era muito difícil para mim, e acho que qualquer mulher consegue entender isso”, indicou ela.

Mesmo após a separação, “permanecemos muito próximos, e é claro que tínhamos nossa filha, e fiz o necessário para que (ele) pudesse vê-la o tempo todo”.

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