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Ellus abre São Paulo Fashion Week 2019 com pedido de defesa pela Amazônia

Marca brasileira iniciou a temporada de desfiles neste domingo, 13. Evento foi marcado por protesto e tom ativista em prol da sustentabilidade

Por EFE
Atualização:
Máscaras pretas deram tom ativista à desfile da Ellus na SPFW Foto: Rahel Patrasso/ Reuters

Após quatro edições fora das passarelas, a prestigiada empresa brasileira de jeanswear Ellus abriu neste domingo, 13, a 48ª edição da São Paulo Fashion Week. O desfile, que tomou espaço no Farol Santander, homenageou a Amazônia, o meio ambiente e as identidades individuais. A marca também apresentou sua habitual mistura de moda jeans, roupas utilitárias e peças esportivas - o que a tornou famosa principalmente entre os consumidores mais jovens.

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Com a coleção assinada pelos estilistas Thiago Marcon e Muriel Mingossi, a Ellus recuperou sua "história de identidade e conscientização" e partiu para derrubar barreiras "de maneira ativa e verdadeira". Na passarela, o manifesto ambientalista da empresa ficou evidente nas peças lúcidas - que incluíam máscaras e luvas em uma paleta de cores sóbria. Um protesto também foi realizado no final do desfile, quando modelos e membros da equipe técnica circularam entre os espectadores segurando cartazes e pedindo ações mais eficazes para a preservação do meio ambiente.

E esta é uma tendência que deve continuar sendo vista nos próximos desfiles da São Paulo Fashion Week, que após dar uma breve pausa nesta segunda-feira, 14,  deve continuar com o ritmo frenético até a próxima sexta-feira, 18.

Mais enxuta, serão apenas seis dias para 26 empresas, costureiras e estilistas pisarem nas passarelas da semana de moda mais glamourosa do Brasilque volta a ser realizada no icônico Parque do Ibirapuera - sua casa original -, após os últimos dois eventos terem sido realizados em um galpão localizado em um bairro periférico da capital paulista.

Modelo apresenta coleção da Ellus na SPFW Foto: Rahel Patrasso/ Reuters

Entre as estreantes do evento de moda mais importante da América Latina estão as estilistas Angela Brito, cabo-verdiana do Rio de Janeiro, e Isaac Silva, natural do estado da Bahia, no nordeste do Brasil. Ambos apresentarão nas passarelas coleções que homenageiam as raízes e os elementos africanos. Enquanto Brito está comprometido com um visual feminino, contemporâneo e minimalista, Silva incorpora referências indígenas em criações cheias de peculiaridades típicas da cultura popular brasileira.

Também não ficam de fora os já aclamados Reinaldo Lourenço, Gloria Coelho e Lino Villaventura, que exibirão suas sempre muito esperadas criações durante a temporada de desfiles.

A moda praia e descontraída da primavera ficará a cargo da empresa Beira, da estilista Lilly Sarte e da Patbo, marca na qual a estilista Patricia Bonaldi explora sua veia mais artística. Já Cavalera e Amapo, muito populares entre os jovens, devem desfilar toda a ousadia de seus desenhos, feitos de tecidos como jeans ou couro, e cujas peças abundam estampas, cortes irregulares e combinações improváveis ​​de cores.

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Simultaneamente aos desfiles, a São Paulo Fashion Week também sediará diversas atividades e oficinas, como palestras educacionais, seminários e rodas de discussão, para discutir o futuro da moda em um mundo cada vez mais dominado por uma clientela voltada ao consumo consciente e pautada pela moda sustentável. 

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