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Fomentador amplia contato com o público

Os quatro indicados ao Prêmio Multicultural Estadão pretendem fortalecer a troca de saberes e e as vivências criativas

Por Agencia Estado
Atualização:

Os fomentadores são promotores ou patrocinadores que vêm contribuindo para a cultura brasileira. Junto dos criadores, eles compõem o conceito principal do Prêmio Multicultural Estadão, que reconhece a desfronteirização de áreas artísticas como um dos aspectos da cultura contemporânea. O fomentador será escolhido entre quatro indicados, que são o FID - Fórum Internacional de Dança, o Fumproarte, o Instituto de Cultura da Fundação Joaquim Nabuco e o Videobrasil - Festival Internacional de Arte Eletrônica. O escolhido não recebe recursos por causa de sua condição profissional ou jurídica - profissionais em cargos executivos ou políticos, empresários, instituições e empresas. Criado como FID - Festival Internacional de Dança, tornou-se fórum a partir da edição do ano passado. Com isso, deixou de lado o formato de festival, com programação concentrada em duas semanas, para se transformar em uma atividade com atuação efetiva e constante no estímulo à criação e à reflexão da dança contemporânea. Sob a coordenação de Adriana Banana e Carla Lobo, o FID criou o programa Extensão Brasil que, desde agosto deste ano, prioriza a difusão da dança pelo País, a circulação da produção e a democratização do acesso à informação. O projeto favorece grupos que executam um trabalho coerente e corajoso em propostas de pensamentos coreográficos, mas que nem sempre são reconhecidos pelo mercado cênico. Fumproarte foi criado pela prefeitura de Porto Alegre a partir da reivindicação da comunidade cultural da cidade, que buscava um mecanismo de financiamento diferente dos das leis de incentivo fiscal. Ao financiar diretamente até 80% do custo total de cada projeto, o fundo estimula um contato direto dos artistas com a comunidade, pois exige, como contrapartida do financiamento público, um retorno de interesse público. As reuniões da comissão de avaliação e seleção são, inclusive, abertas à participação de qualquer cidadão. Instituído por lei municipal em 1993, já viabilizou 322 projetos artísticos, em áreas distintas como música, teatro, dança, cinema, vídeo, fotografia, artes plásticas, literatura, memória, humanidades, folclore e artesanato. Voltado para a reflexão sobre a identidade cultural brasileira e mirando a produção cultural contemporânea como foco privilegiado de ação, o Instituto de Cultura da Fundação Joaquim Nabuco fomenta a produção cultural do Nordeste, fortalecendo a troca de saberes e as vivências criativas. Criado em 1998 como um dos seis órgãos da Fundação, o Instituto - sob a superintendência de Silvana Meireles - promove encontros constantes entre artistas, consumidores culturais, críticos, curadores e formadores de opinião, o que amplia as oportunidades de inclusão cultural na região. O cinema, as artes plásticas e cênicas, a gestão cultural, o intercâmbio, a editoração de livros e periódicos são atividades prioritárias, o que resulta na amplitude de um olhar que interage com novos e antigos conceitos. O Videobrasil é o principal evento de arte eletrônica da América Latina, responsável pela divulgação de trabalhos de artistas do continente para o restante do mundo. Criado em 1983 por iniciativa de sua diretora, Solange Farkas, incentiva trabalhos que fazem experimentação com a imagem, em especial a narrativa e sua articulação do som. Graças ao número crescente de obras e à enorme fragilidade do vídeo como suporte físico para preservação de conteúdo, surgiu a Associação Cultural Videobrasil, primeiro acervo de arte eletrônica do Brasil, que conserva mais de 2.800 títulos. A fim de compartilhar o conhecimento e as informações acumuladas nesses anos de trabalho, a associação dá mais um passo e prepara a disponibilização integral dos dados por meio da internet. Novamente assessorado pela empresa Articultura Comunicação, o Prêmio Multicultural Estadão é parte integrante do Estadão Cultura, um programa contínuo de apoio ao desenvolvimento cultural brasileiro e que tem curadoria de Fernão Lara Mesquita, João Lara Mesquita, Júlio César Ferreira de Mesquita e Roberto Mesquita.

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