Parte da iniciativa privada se diz perplexa com a nova divisão do PSDB, desta vez em torno da propaganda veiculada na semana passada. "Trata-se de um partido político que não se interessa em praticar política interna," ponderou conhecido empresário.
E completa: "A ação do partido se assemelha a produzir peça publicitária e imediatamente entregá-la ao... Conar".
Grão-tucanos viram a peça
Tasso Jereissati rebate. "FHC viu o programa, Serra também, bem como Alckmin, mais a metade dos senadores e o nosso líder da Câmara".
Mas então, por que tanta confusão? "Há quanto tempo você ouve que a classe política está sem credibilidade? Demos o primeiro passo, olhamos para dentro, reconhecemos erros. Vamos retomar a confiança".
'Há gente que vestiu carapuça'
O programa errou na mão? "Sequer abordamos o tema corrupção, mas parece que há gente que vestiu a carapuça", lamenta o presidente interino do PSDB.
Admite, entretanto, que pretendia chocar. E assim, chamar atenção para a falência do sistema presidencial no Brasil. "No programa, não sugerimos a troca de presidente e sim a troca do sistema para o parlamentarismo".
FHC segue com Tasso
FHC segue firme no apoio a Tasso. Sobre sua participação no programa, confirma alteração da frase "presidencialismo de coalização", no texto, para "presidencialismo de cooptação". Mas explica que se referia "ao governo do PT e não do processo político do PSDB".
Isso ficou claro no programa? "Não", diz o ex-presidente.