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Palco, plateia e coxia

ArCênico: Les Five Pays chega em 2018

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Por João Wady Cury

Cinco artistas de teatro, um de cada canto do planeta, todos do mundo latino. Viraram grupo depois de se trombarem no Lincoln Center Directors Lab em meados de 2014 e fizeram juras eternas ou enquanto durasse o amor. Sim, este amor é lindo e tem nome: País Clandestino. Maëlle Poésy (França), Jorge Eiro (Argentina), Lucía Miranda (Espanha), Pedro Granato (Brasil) e Florencia Lindner (Uruguai) formam o grupo Les Five Pays. Falam espanhol, francês e português sobre as relações com seus países, contam histórias pessoais, enfim, a vida. A estreia foi há dois meses no teatro Las Condes, em Santiago, e depois no Festival Internacional de Buenos Aires. Pode comemorar: o desembarque em São Paulo se dá no início de 2018.

Cinco à mesa. Papo sem fim Foto: Festival de Buenos Aires

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BANHO DE DRAMATURGIA  São Paulo criou um modelo de núcleo dramatúrgico para formação de novos autores teatrais no Sesi e passou a exportá-lo nos últimos anos. Agora, a entidade no Rio de Janeiro começa a turbinar o seu próprio, criado há três anos, com eventos voltados para formação de dramaturgos. De amanhã, 8, a 13 de dezembro ocorre a Primeira Semana do Núcleo de Dramaturgia do Sesi Rio, no Oi Futuro Flamengo. A curadoria é do coordenador do núcleo carioca, Diogo Liberano, e tem entre os participantes os dramaturgos Márcio Abreu, Gustavo Colombini, Pedro Kosovski, além da coordenadora do núcleo paulista, Marici Salomão. A semana de dramaturgia carioca terá, além de mesas com discussões entre dramaturgos, leitura de peças e apresentações de cenas e performances. E o melhor, de graça. 

IBSEN IN THE BOX  Encaixotaram o dramaturgo Henrik Ibsen (1828-1906). Quatro de suas grandes obras ganharam tradução direta do norueguês pelas mãos de Leonardo Pinto Silva e passam a ser vendidas em uma caixa com cinco volumes (imagem abaixo). São elas Espectros (1881), Um Inimigo do Povo (1882), Hedda Gabler (1890) e Solness, o Construtor (1892). Formam um catatau de 456 páginas, editado pela Carambaia, e está sendo vendido a 147,90 mangos. No balaio vai posfácio de Aimar Labaki sobre a obra de Ibsen.

Henrik Ibsen Foto: Reprodução

REVOLTA SEMPRE Brasil e Cuba, suas similaridades e contrapontos atuais e históricos, estão no centro da nova encenação da Cia Livre, de Cibele Forjaz, Lúcia Romano e Edgar Castro. A peça já tem nome: Revoltar. O texto é da dramaturga Dione Carlos e a direção de Vinícius Torres Machado. Estreia nos primeiros meses de 2018. O elenco terá Sergio Siviero, Sofia Botelho e Donizeti Mazonas, além de outros colaboradores que estão se integrando ao processo nas próximas semanas.

MANCADA LITERÁRIA  Por empolgação desmesurada do signatário com o fato, foi trocada a data em que a dramaturga e escritora Priscila Gontijo concorreu como finalista do Prêmio São Paulo de Literatura com seu romance Peixe Cego. Não foi no ano passado em sim neste.3 PERGUNTAS PARA NOEMI MARINHO Dramaturga e atriz, gostaria de ser psiquiatra1. O que é ser atriz? É queimar pontes enquanto as atravessa.2. Qual peça foi uma revelação? Aos 13 anos, Édipo Rei, com Paulo Autran. Com o coração na boca aprendi o que era catarse na raça, da maneira mais clássica, crua e pura.3. O que faz quando não está em cena? Passo a vida enchendo meu embornal de tudo que sirva para inventar dramáticas simpatias.

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