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Palco, plateia e coxia

ArCênico: Sándor Márai arde em cena

E mais: a adaptação brasileira de 'Dogville' tem elenco grande, para encher o palco e os olhos dos humanos, com 16 atores, encabeçados, por enquanto, pelo ator Fábio Assunção

Por João Wady Cury
Atualização:

Literatura e teatro em festa. Um dos maiores escritores húngaros do século passado, ao lado de Gyula Krúdy e Imre Kértesz, Sándor Márai terá uma de suas principais obras vertidas para o palco no fim de setembro. As Brasas é sua primeira obra editada no País e foi adaptada para o teatro por Duca Rachid e Júlio Fisher. No elenco, como protagonistas, estão os atores Herson Capri e Genézio de Barros na pele de Henrik e Konrad. A estreia está marcada para o dia 28 de setembro no Sesc Santana e a peça tem direção de Pedro Brício.

Escritor húngaro Sandor Marai Foto: Companhia das Letras

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BRASEIRO DE EMOÇÕES 

“O que norteou o nosso trabalho foi a paixão pelo livro, uma obra instigante, com tantas camadas”, conta Duca, que leu As Brasas quando escrevia o seriado Sítio do Picapau Amarelo, com Júlio Fisher, em 2005. A paixão foi dupla. “O que mais me toca é a questão da amizade entre esses dois homens, uma amizade que atravessa décadas, sobrevive a guerras e se mantém em pé, diante da derrocada de um império.” A peça, como o romance de Márai, tem de tudo: jogos de poder, erotismo e paixão. “As paixões que, no fim das contas, movimentam o mundo”, diz Duca.

DOGVILLE DE PINDORAMA

Outra adaptação a caminho, agora do cinema para o palco. O filme do tresloucado cineasta dinamarquês Lars von Trier Dogville deve chegar ao palco em janeiro de 2019, em São Paulo, no Teatro Porto Seguro. Tem elenco grande, para encher o palco e os olhos dos humanos, com 16 atores, encabeçados, por enquanto, pelo ator Fábio Assunção e pelas atrizes Bianca Byington, Mel Lisboa e Selma Egrei. A direção é de Zé Henrique de Paula. A versão para cinema, lançada em 2003, tinha como foco o sacrifício e Nicole Kidman arrastando o elenco morro acima. Sempre bom lembrar, como diz o nosso Luiz Carlos Merten, Dogville foi o filme que a australiana deixou de ser a então mulher de Tom Cruise para se tornar a potência que é. 

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Fabio Assunção Foto: Estevam Avellar/Globo

TEMPOS DE FARTA

Estreia amanhã a montagem brasileira de Birdland, do dramaturgo britânico Simon Stephens. Será no Teatro Cemitério de Automóveis, com direção de Mário Bortolotto e protagonizada por Carca Rah na pele de Paul, um roqueiro de fama mundial em final de turnê. Nos palcos ingleses a peça foi sucesso com o ator Andrew Scott como protagonista – ele é o Jim Moriarty da série Sherlock, da BBC.

3 perguntas para Clara Carvalho

Atriz, atua como tradutora e dubladora

1. O que é ser atriz?

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Desafio, arrepio e prazer.

2. Com qual personagem se parece?

Nenhuma. Uso fantasia, memórias e repertório para inventá-las. São filtradas pelo meu humor, minhas emoções.

3. Como gostaria de morrer em cena?

Ah, como eu gostaria... Caindo na coxia, apagando pra sempre, fim da sessão.

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A atrizClara Carvalho 
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