O escritor e cartunista Ziraldo morreu no sábado, 6, aos 91 anos, deixando um legado no universo dos quadrinhos brasileiros, com uma coleção de personagens inesquecíveis e narrativas criativas. Uma figura inspiradora e um ídolo para muitos artistas do segmento, o mineiro da Caratinga recebeu diversas homenagens após sua morte. Veja algumas:
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Mauricio de Sousa, o criador da Turma da Mônica, compartilhou uma ilustração na qual versões animadas dele e de Ziraldo se encontram ao lado de suas principais criações: o Menino Maluquinho e a dona da rua.
“Ziraldo partiu deixando uma legião de maluquinhos que seguirão honrando sua memória e legado. Pra sempre, Ziraldo”, diz a publicação.
Laerte, uma das mais renomadas cartunistas brasileiras, também prestou homenagem a Ziraldo.
Paulo Cesar Silva, o artista plástico conhecido como Speto, fez uma releitura do Menino Maluquinho.
“Obrigado, mestre, por tudo que foi e fez. Uma grande influência sempre presente em meu trabalho”, escreveu ele.
Já Quinho, o chargista e caricaturista mineiro, fez uma ilustração com o rosto de Ziraldo. “Era um menino bem maluquinho, que tinha macaquinhos no sótão”, diz o texto que acompanha a arte.
Daniel Lafayette prestou sua homenagem com uma charge mostrando a imagem do quadrinista no paraíso com uma panela na cabeça, marca registrada do Menino Maluquinho:
O artista gráfico André Hippertt fez uma releitura de Flicts, um dos principais trabalhos de Ziraldo, utilizando o mesmo arco-íris que faz referência à obra. Ele escreveu: “De perto, de pertinho, Ziraldo é Flicts”.
O quadrinista Adão Iturrusgarai compartilhou como conheceu o autor e republicou uma tirinha de 2022 na qual brincava com a imortalidade de artista ao lado de outras figuras, como o músico Keith Richards e a Rainha Elizabeth. “Ele estava com seu filho Antonio e, depois que me apresentei, disse: — Filho, este é o Adão Iturrusgarai. Ele é basco. Não sabe de onde veio, nem para onde vai”, relembrou.
O velório de Ziraldo
O cartunista, desenhista e escritor brasileiro Ziraldo morreu na tarde deste sábado, dia 6, aos 91 anos, de causas naturais, segundo a família. Ele estava com a saúde debilitada havia algum tempo, desde que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em 2018.
Ziraldo morreu em sua residência, na Lagoa, no Rio. O velório aconteceu neste domingo, 7, às 10 horas, no Museu de Arte Moderna do Rio (MAM) – e não na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como foi anteriormente divulgado.
Filha de Ziraldo, a cineasta Daniela Thomas afirmou que a família está comovida com as diversas homenagens recebidas nas últimas horas. “Ontem fiquei muito impressionada com a repercussão, porque a gente fica tratando de uma pessoa num lugar muito pequeno, em casa, tratando de uma pessoa que está doente, que a gente ama muito, com muito carinho. Minha família toda está muito emocionada com a onda de amor, com a onda de reconhecimento que a gente está vivendo, inclusive aqui, agora”, declarou Daniela.
