Carlos Ruiz Zafón, que ficou conhecido mundialmente depois do lançamento de A Sombra do Vento, em 2001, morreu aos 55 anos, informou a editora Planeta, da Espanha, em seu Twitter. Ele, que vivia em Los Angeles e trabalhava, lá, com roteiros de cinema, lutava contra um câncer.
"Morreu hoje Carlos Ruiz Zafón, um dos melhores romancistas contemporâneos. Lembraremos para sempre de você", escreveu a editora para anunciar a morte do escritor catalão, que nasceu em Barcelona em 25 de abril de 1964.
A Sombra do Vento foi o primeiro volume da série Cemitério de Livros. A obra ganhou diversos prêmios e, em 2007, apareceu em uma lista feita por 81 escritores e críticos latinos e espanhóis como um dos melhores em língua espanhola dos 25 anos anteriores.
A série best-seller, situada em Barcelona e relacionada ao universo literário, inclui, ainda, O Jogo do Anjo, O Prisioneiro do Céu e O Labirinto dos Espíritos.
Em entrevista ao Estadão em 2012, o escritor disse: "Todos temos segredos, alguns desconhecidos de nós mesmos. Uma das coisas que a literatura faz é ajudar-nos a revelar o que carregamos dentro de nós porque a literatura é o grande livro da vida e nos fala de nossas emoções, desejos e medos e nos dá a chave para entendermos a essência de nossa própria alma."
Antes de estourar mundialmente com esses livros, Carlos Ruiz Zafón já era conhecido na Espanha desde sua Trilogia da Névoa, dos anos 1990, que é formada pelos volumes O Príncipe da Névoa, O Palácio da Meia-Noite e As Luzes de Setembro. Zafón é autor, ainda, de Marina.
Seus livros, publicados em mais de 50 idiomas, foram lançados no Brasil pela Suma de Letras.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.