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Uma geléia geral a partir do cinema

De Volta! (Mais uma vez)

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Completam-se hoje 16 dias da minha internação. Retirei a prótese, tratei a infecção, fiz a reposição e, agora, já estou de prótese nova, praticamente de alta para voltar para casa. Começará uma nova fase de adaptação, mas vai dar tudo certo. Inácio Araújo e Margarida Oliveira vieram me visitar ontem, queridos. Falamos sobre cinema e literatura - o novo livro, uma ficção, que ele está escrevendo. Tuna Dwek tem batido ponto, diariamente, sempre com uma novidade e uma palavra de afeto. É bom receber esses afagos. Caminhei no corredor do hospital, cheguei a me movimentar sozinho com o andador. A vida segue. Tenho lido muito, visto filmes na TV, feito algumas matérias para o jornal, mas confesso que a rotina da vida hospitalar mexe comigo. Vi ontem um filme, Nossa História de Amor e Música, que me tocou muito. Comentei com Inácio que o isolamento, o bombardeio do noticiário de TV, retratando o estado do mundo e o horror que tomou conta desse País de bárbaros, podem ter afetado meu juízo crítico. Quem sabe o filme de Daniel Gil não é tão bom, e foi a carência que me levou a supervalorizá-lo? Liam ama Natalie, que ama... Liam. Perfeito? Não, porque Liam sonha com uma carreira musical que não dá certo, Nat tem expectativas que ele não consegue satisfazer, o casal desfaz-se. Ela segue adiante, ele empaca. Renuncia a tudo, mergulha na autocomiseração, mas a vida vem. Liam tem nova chance. Personagem maravilhoso é Curve, o manager que lhe faz ver o artista maravilhoso que é. Liam parte para um show, mas soçobra, emocionalmente, no palco. O vídeo viraliza na rede. Nat... Veja, para conferir. Josh Whitehouse e Freya Mavor são jovens, belos e talentosos. Na atual onda de celebração de ídolos do rock/pop, Freddie Mercury em Bohemian Rhapsody e Elton John em Rocketman - que ainda não vi -, o totalmente fictício Nossa História de Amor e Música é outra coisa, até porque o artista aqui é 100% hetero, mas principalmente porque aborda as pequenas vidas do rock. Achei lindo. Mas, como digo, estou nesse momento de fragilidade emocional. O filme me inspirou. Cenas ficaram comigo. Estou de volta. Ufa!

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