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Uma geléia geral a partir do cinema

Erotismo

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Olhei os comentários do Carlos e da Emma, no post Emoções, e o que posso dizer é que, até onde sei, a Versátil tem planos de distribuir em DVD, no Brasil, a obra de Valerio Zurlini. Aliás, o que a Versátil tem feito para divulgar o cinema clássico italiano, desde as obras-primas do neo-realismo e, depois, mapeando a evolução de grandes diretores como Visconti, Fellini, Antonioni, De Sica e Rossellini, não está no gibi. Agora mesmo, a Versátil lançou Santo Agostinho, do Rossellini, ao qual vou ter de voltar, com mais tempo (e cuidado). Mas eu vivo sonhando com o dia em que os filmes do Zurlini saírem em DVD. Falsifiquei muita carteirinha de estudante para ver Brigitte Bardot nua, ou quase, nos filmes franceses que o Ópera, em Porto Alegre, exibia no fim dos anos 50. Frangote, com cara de 13/14 anos, eu peitava os porteiros do cinema e tentava convencê-los de que tinha 18 anos, brandindo carteirinhas cuja falsificação, de tão grosseira, deveria me levar à cadeia. Mas o que quero dizer é isso - BB podia tirar a roupa, mas não me lembro de nenhum filme que tenha me passado tanto a idéia de tesão quanto Verão Violento, na cena em que Eleonora Rossi Drago e Jean-Louis Trintignant dançam Temptation coladinhos, indiferentes à guerra que explode ao fundo. Meus monumentos de erotismo no cinema são dois - Eleonora Rossi Drago em Verão Violento, do Zurlini, e Jennifer Jones, louca por Charlton Heston, oferecendo-se para ele, à meia-luz, naquela porta em Ruby Gentry, a obra-prima de King Vidor que, aqui, se chamava Fúria do Desejo. Pensando bem, não é só a obra de Zurlini que gostaria de ver saitr em DVD (Verão Violento, A Moça com a Valise, Dois Destinos e A Última Noite de Tranqüilidade), mas também a do rei Vidor, de quem - acho - só existe o Guerra e Paz.

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