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Uma geléia geral a partir do cinema

Mungiu, rigoroso

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

CANNES - Deixei para ver o Christian Mungiu ontem no fim da noite, 22 horas. Havia visto o comeco de `Era Uma vez na America`, em presenca do elenco - Robert De Niro, James Woods, Jennifer Connelly (acompanhada do marido, Paul Bettany). Aquele telefone que toca, a trilha de Ennio Morricone, o tempo estendido por Sergio Leone. Fernando Severo ia amar... Jantei e encarei o Mungiu. `Beyond the Hills`, Alem dos Montes. Havia encontrado alguns coleguinhas brasileiros e soh Orlando Margarido manifestou entusiasmo. Eu amei. Uma historioa contempooranea, mas que dah a impressaoh de ser intemporal, sobre a vida num monasterio. Uma das novicas recebe a visita de uma amiga. Houve algumas coisa, um affair entre eles, mas nada eh perfeitamente claro, exceto que a recem chegada quer convencer a garota a ir com ela para a Alemanha, abandonando a Romenia (e o monasterio). A forasteira, Alina, entra em colapso, o `pai`, que comanda o grupo a submete a um exorcismo que termina em tragedia. Como em `4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias`, seu longa vencedor da Palma de Ouro, Mungiu mostra duas garotas ligadas por um ekle forte e um homem que influencia as duas. Mas agora o tom eh diferente, para quen o autor possa continuar falando da responsabilidade no mundo pos-comunista. `Beyond the Hills` talvez seja o filme mais rigoroso, como mise-en-scene, que vimos ateh agora. Mungiu narra sua historia por meio de elaborados planos sequencias. Mas, por mais que tenha gostado do estilo, foram as personagens que me apanharam. As duas garotas, a novica que vai se distanciando da outra e esta ultima que ficou presa num sentimento que sua ex naoh experimenta mais. Qualquer coisa que disser corro o risco de entregar informacoes valiosas. Cal0-me, mas o Mungiu veio para pleitear sua segunda Palma. Vou almocar e, na sequencia, entrevisto Gael Garcia Bernal e o diretor Pablo Larrain, de `No`. O filme chileno eh muito bom. Depois eu conto.

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