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Morre o professor e escritor Antonio Arnoni Prado, aos 79 anos

Docente aposentado da Unicamp, ele se tornou referência na crítica literária brasileira

Foto do author Matheus Lopes Quirino
Por Matheus Lopes Quirino
Atualização:

Professor titular aposentado do Departamento de Teoria Literária da Unicamp, Antonio Arnoni Prado morreu neste domingo, 11, aos 79, devido complicações de um tumor no cérebro que tratava há anos. Um dos críticos mais respeitados do País, é de sua autoria Trincheira, Palco e Letras: crítica, Literatura e Utopia no Brasil, volume que se tornou essencial na crítica literária brasileira, com ensaios sobre Sérgio Buarque de Holanda, Euclides da Cunha, Lima Barreto, entre outros.

Arnoni obteve seu título de mestrado e doutorado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (USP), e chegou a estudar no exterior, em Milão, em um pós-dourado na Fondazione Feltrinelli. Ele começou a lecionar no Departamento de Teoria Literária da Unicamp em 1979 a convite de Antonio Cândido, onde ficou até 2012, quando se aposentou da sala de aula.

O professor Antonio Arnoni Prado durante mesa na Flip de 2017 Foto: Walter Craveiro

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Seu último livro publicado foi O Último Trem da Cantareira, que faz referência à infância do autor, retrata os últimos momentos de um professor durante uma homenagem. No romance, o poder da memória ganha contornos de um filme, com o protagonista rebobinando as agruras da infância e o amor pelas palavras.

Arnoni também analisou as correntes do modernismo brasileiro e as reverberações da Semana de 1922. Em Itinerário de Uma Falsa Vanguarda, de 2010, ele tratou das relações entre a literatura e a política no momento em que a República vingava (início do século 20) aos agitos do Modernismo.

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