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Cristina Buarque e Terreiro Grande fazem show em SP

Ela e os músicos do grupo cantam as escolas de samba, fora do carnaval

Por Agencia Estado
Atualização:

Sambas de terreiro da Mangueira, Salgueiro, Estácio de Sá e, especialmente, da escola do coração da cantora Cristina Buarque, Portela. Este repertório que já não temos mais a chance de ouvir em qualquer barracão foi delicadamente selecionado pela intérprete e pelos músicos do Terreiro Grande e será apresentado desta sexta-feira ao dia 11, no Teatro Fecap, como numa reunião de amigos. A intérprete paulistana, moradora do Rio há mais de 20 anos, vai presentear o público com canções do calibre de Inspiração, de Candeia, Fui Condenado, de Monarca e Mijinha, e Quem se Muda pra Mangueira, de Zé da Zilda. "Quando se fala em sambas de terreiro, as pessoas remetem automaticamente à forte percussão do candomblé ou da umbanda. Na verdade, os sambas de terreiro eram aqueles feitos no meio do ano, durante o intervalo do carnaval, desde os anos 20 até as décadas de 60 e 70", explica Roberto Didio, um dos 16 músicos integrantes do Terreiro Grande. Desde 1998, o grupo realiza pesquisas sobre os sambas de terreiro, o que levou à criação do Grêmio Recreativo de Tradição e Pesquisa Morro das Pedras em 2001. "O Morro das Pedras encerrou as atividades em dezembro. Muitas das pessoas que fundaram o grupo agora participam do Terreiro Grande", conta. O encontro entre a irmã caçula de Chico Buarque e os 16 músicos ocorreu no fim de 2004, quando os amigos realizaram uma roda de samba em homenagem ao compositor Alvaiade da Portela, "uma surpresa para Cristina". Neco, responsável pelo reco-reco nesses shows da Fecap, é amigo do violonista Paulão 7 Cordas que por sua vez, apresentou Cristina aos músicos. "Fiquei fascinada quando conheci o pessoal. Desde então, participamos diversas vezes juntos em rodas de samba", relembra Cristina. Será a primeira vez, no entanto, que se encontrarão para se apresentar em um teatro. "Assisti ao Paulinho da Viola na inauguração do Teatro Fecap. A acústica é ótima, o que é muito importante para o nosso show. O Terreiro Grande se apresenta sem microfone. Isso valoriza o coro, fazendo com que a percussão não tape as vozes." O samba paulista também marca presença no mês do carnaval na Fnac (Av. Paulista, 901). A partir do dia 9, rodas de samba com a velha guarda do Camisa Verde e Branco, Virginia Rosa, entre outros, se apresentam no projeto Eletrobatucada gratuitamente. Cristina Buarque e Terreiro Grande. Teatro Fecap. Av. Liberdade, 532, (11) 3272-2277. Estréia hoje, às 21 h. R$ 10. Até dia 11

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