Nina Becker mostra no palco canções do CD de estreia

Musa da Orquestra Imperial ao lado de Thalma de Freitas, Nina divulga 'Vermelho e Azul'

PUBLICIDADE

Por Lauro Lisboa Garcia
Atualização:

Musa da Orquestra Imperial ao lado de Thalma de Freitas, Nina Becker revela-se mais introspectiva nos CDs de estreia solo, Vermelho e Azul (YB Music), lançados simultaneamente. Depois do Rio, a cantora e compositora traz o repertório dos CDs para o Sesc Pompeia, em duas noites tendo como convidados Nelson Jacobina (hoje) e Romulo Fróes (amanhã) e Mauricio Tagliari (nas duas). A banda que a acompanha desta vez é formada por Pedro Sá e Bartolo (guitarras), Eduardo Manso (baixo) e Thomas Harres (bateria).

 

Veja também:

PUBLICIDADE

 

Os contrastes entre Azul e Vermelho aparecem mais na produção, na forma de gravação, na sonoridade e na formação instrumental, mas não no conceito e no conteúdo. Produzidos por ela com Maurício Tagliari e Carlos Eduardo Miranda, com dez canções cada um, são álbuns de canções e interpretações delicadas, arranjos sutis, cheios de pausas e silêncios, melodias e letras melancólicas, de uma beleza e uma elegância cool. Azul é mais elaborado e foi gravado ao longo de um ano. Mais despojado, Vermelho levou apenas quatro noites para ficar pronto, e foi feito no esquema ao vivo em estúdio.

 

"A diferença é só mesmo no jeito de gravar", diz a cantora. "Comecei a gravar o Vermelho sem muita estrutura, às vezes era só eu e uma guitarra. As músicas mais vigorosas acabaram ficando para tocar com a banda no Azul. Mas poderia dizer que são trabalhos gêmeos, que têm texturas diferentes. Não tive a menor intenção de separar."

 

Além de composições próprias, Nina gravou vários autores bacanas de sua geração e de sua turma, entre companheiros de Orquestra Imperial e parceiros nas canções - Moreno Veloso, Domenico Lancellotti, Rubinho Jacobina, Nervoso, Renato Martins (da banda Canastra), o quarteto Do Amor (Gustavo Benjão, Marcelo Callado e Ricardo Dias Gomes Nina), Bartolo, Quito Ribeiro, Nuno Ramos e Romulo Fróes.

 

Ela também reinterpreta duas da dupla Jorge Mautner e Nelson Jacobina (Lágrimas Negras e Samba Jambo) e o samba clássico Não Me Diga Adeus (Paquito/Luiz Soberano/João Correia da Silva). No palco, a cantora mantém a atmosfera calma dos CDs, com alguma variação nos arranjos, como em Flor Vermelha (Nuno Ramos/Romulo Fróes). Ela também canta Tom Jobim e Dolores Duran (Estrada do Sol) e Jimi Hendrix (Maybe This Love). "Canto essa música de Hendrix nos shows desde 2005 e penso até em gravá-la. Ele é uma grande influência pra mim e acho que tem a ver com o meu trabalho na maneira como valoriza as guitarras. É um respiro para o show."

 

Publicidade

Nina Becker - Teatro do Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93, tel. 3871-7700. Quinta e sexta, 21 h. R$ 4 a R$ 16

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.