Sony pretende adquirir metade do catálogo musical de Michael Jackson

Gigante japonesa deve investir valor potencialmente recorde de US$ 800 milhões a US$ 900 milhões

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Por Redação
Atualização:

AFP - A gigante japonesa Sony busca adquirir metade do catálogo musical de Michael Jackson pelo valor potencialmente recorde de US$ 800 milhões a US$ 900 milhões, informou a revista americana Variety.

Se os herdeiros que controlam o patrimônio do falecido Rei do Pop concordarem com a venda, ela poderia incluir metade dos interesses que eles detêm e os direitos sobre a cinebiografia a ser protagonizada por Jaafar Jackson, sobrinho do artista, e sobre a comédia musical MJ: The Musical.

Jaafar Jackson, sobrinho de Michael Jackson, deverá protagonizar cinebiografia sobre o tio  Foto: AP

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O acordo, que incluiria outro comprador ao lado da Sony, informou a Variety, poderia se tornar a maior venda de todos os tempos do setor cada vez mais cobiçado de catálogos musicais. Um das empresas que pode estar envolvida nesse acordo é a Eldridge Industries, que fez parceria com a Sony no acordo do catálogo de Bruce Springsteen e também adquiriu o de publicação pré-2020 da banda The Killers.

Com a revolução do streaming, os direitos musicais de artistas mortos ou vivos, mas considerados atemporais, tornaram-se ativos preciosos, uma vez que aqueles que os detêm ganham dinheiro a cada reprodução, um ganho que se soma aos proveitos em caso de reprodução da música no rádio e em filmes ou propagandas.

Nos últimos dois anos, a Sony pagou mais de US$ 500 milhões para adquirir o catálogo de Springsteen, e a Universal Music adquiriu os direitos das obras completas de David Bowie por US$ 400 milhões. No fim de janeiro, o cantor canadense Justin Bieber vendeu os direitos de seu catálogo musical para a empresa Hipgnosis por US$ 200 milhões.

Nesse contexto, o valor antecipado para o catálogo de Michael Jackson é particularmente impressionante, até porque não diz respeito à totalidade dos direitos, ao contrário das negociações comuns no setor.

O ex-integrante do Jackson 5, que morreu em 2018, aos 50 anos, em decorrência de uma intoxicação aguda do anestésico Propofo, teve uma carreira solo lendária e deixou um dos catálogos musicais mais lucrativos do mundo.

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Parte de seu trabalho é administrada pela Primary Wave Music, empresa especialista em gerir catálogos e agenciar artistas e que detém a obra de astros como Whitney Houston, Bob Marley e Prince.

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