Musical celebra a obra de Jackson do Pandeiro; veja mais atrações do fim de semana

Confira outras opções de teatro; entre os shows musicais, Fafá de Belém, Leci Brandão e Péricles se apresentam na cidade

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Por Danilo Casaletti
Atualização:

Depois de cumprir uma bem sucedida temporada online, em função da pandemia, o espetáculo Jacksons do Pandeiro faz sua estreia no palco do Sesc Pinheiros. Criado pela companhia Barca dos Corações Partidos, que tem em sua gênese a mistura de música e teatro, o musical celebra a obra do paraibano Jackson do Pandeiro (1919-1982), um dos mais importantes compositores brasileiros, autor de clássicos como Sebastiana, Chiclete com Banana e O Canto da Ema. A direção é de Duda Maia.

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Um dos diretores musicais do espetáculo, o músico Alfredo Del-Penho, que integra o elenco, diz que a temporada presencial aproxima o público do elenco de uma maneira especial. “O espetáculo de teatro é vivo e acontece em sinergia com a plateia. O espectador conduz o olhar e cria seus recortes, reage e interage com os atores. Por mais que o espetáculo online tenha sido feito com todo cuidado e apuro, a sensação de estar no teatro é única.”

A seleção de repertório, claro, não foi fácil, afinal o compositor deixou cerca de 400 canções, todas com gêneros que representam o universo musical brasileiro, como samba, forró, coco, baião e frevo. “Eu já pesquisava esse repertório desde 2003. Compartilhei cerca de 430 músicas para serem ouvidas por todos da criação e do elenco. A escolha foi muito difícil, mas buscamos selecionar músicas que representassem as muitas faces do mestre”, diz o músico.

'Jacksons do Pandeiro': escolher o repertório entre 430 canções foi o grande desafio Foto: Renato Mangolin

Além de canções de Jackson, há outras de autoria da companhia. Dessa forma, a história do homenageado é contada por meio de brincantes que misturam suas experiências de vida com fatos vividos pelo compositor.

Del Penho explica a decisão de trazer novas composições para o musical. “A ideia veio para que pudéssemos amarrar a proposta dramatúrgica e dialogar com a obra original a partir de um olhar contemporâneo. Elas contribuem no sentido de revelar também nosso olhar para o que o Jackson fazia e criava.”

Estreia 5ª (19). 5ª, 6ª e sáb., 20h; dom., 18h. Sesc Pinheiros. Teatro Paulo Autran. Rua Paes Leme, 195, Pinheiros. R$ 12/R$ 40.

'O Fazedor de Teatro'

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A Entrevista para Habilidades de Decisão, ou IDA, foi desenvolvida por dois geriatras para ajudar a treinar os trabalhadores dos Serviços de Proteção a Adultos sobre como coletar informações sobre a capacidade de tomada de decisão de um cliente Foto: Lindsey Wasson / Reuters

A Cia. Razões Inversas celebra seus 30 anos de existência com o texto O Fazedor de Teatro, do autor austríaco Thomas Bernhard. Na história, Bruscon, um ator do teatro nacional alemão, faz turnês pelo interior da Áustria e da Alemanha, depois de sua aposentadoria. O ator é quem aglutina todo o fazer teatral, como escrever, dirigir, protagonizar e administrar as finanças da companhia. A direção é de Marcio Aurelio.

Estreia 3ª (17). 3ª a 6ª, 20h. Sesc Pompeia. Galpão. R. Clélia, 93, Água Branca. R$ 12/R$ 40. Até 10/6.

Orgulho ancestral

Montagem da Cia La Vaca, de Santa Catarina, a peça Homens Pink, escrita, dirigida e protagonizada por Renato Turnes, baseia-se em depoimentos de homens gays idosos para celebrar a experiência dos pioneiros dos movimentos LGBTQIA+ e o orgulho de suas ancestralidades.Hoje (13) e sáb. (14), 21h30; dom. (15), 18h30. Sesc Belenzinho. Sala de Espetáculo 1. Rua Padre Adelino, 1.000, Belenzinho. R$ 9/R$ 30.

Papo com Dom Helder

'O Avesso do Claustro' encena um debate comcom Dom HelderCâmara Foto: Alécio Cézar

A Cia do Tijolo dá início a sua mostra de repertório com a peça O Avesso do Claustro, que homenageia o legado de Dom Helder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife. Na montagem, três personagens se juntam para visitá-lo, fazer- lhe perguntas, por vezes discordar de suas ideias, outras vezes concordar com elas, mas, sobretudo, para ouvir de novo a voz do religioso chamado de Bispo Vermelho.

Sáb. (14) e 2ª (16), 20h; dom. (15), 18h. Teatro de Contêiner Mungunzá. R. dos Gusmões, 43, Santa Ifigênia. R$ 40.

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EXPOSIÇÕES

Mulheres no mapa

A exposição Mapa da estrada: novas obras no acervo da Pinacoteca de São Paulo traz 32 obras – grande parte delas criadas por artistas mulheres – como o trabalho Bandeira #2, da artista trans Lyz Parayzo. A artista baiana Nadia Taquary participa com duas obras da série Dinkas Orixás, em que as cores e formas se relacionam com os orixás Nanã e Obaluaê. A curadoria é de Valéria Piccoli.

Inauguração: sáb. (14). De 4ª a 2ª, 10h/18h. Pinacoteca de São Paulo. Pça da Luz, 2, Centro. R$ 20. Até 12/9. 

A barca de Saramago

A instalação O Conto da Ilha Desconhecida, uma enorme barca inflável que ocupa o Saguão B do Museu da Língua Portuguesa, é uma criação da companhia Pia Fraus livremente inspirada no livro O Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago. Dentro dela, há representações de personagens que fazem parte da história. A obra é mais uma homenagem que o museu presta ao centenário do escritor português.

3ª a dom., 9h/18h. Saguão B do Museu da Língua Portuguesa. Pça. da Luz, s/nº, Centro. Grátis. Até 24/7.

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Imagens da pandemia

Psicodemia: imagens da pandemia, do Brasil e da França Foto: Antoine D'Agata

A exposição Psicodemia, do fotógrafo francês Antoine D'Agata, traz imagens feitas na França e no Brasil durante a grave crise sanitária do coronavírus. O foco do artista foi registrar os desdobramentos da pandemia entre pessoas mais vulneráveis, como a população de rua e pessoas acamadas. D'Agata utilizou uma câmera térmica, que o permite captar os contrastes entre as áreas de calor e frio em uma diversidade de tons.

2º a 6ª, 10h/19h; sáb., 11h/15h. Galeria Lume. R. Gumercindo Saraiva, 54, Jardim Europa. Grátis. Até 26/6.

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