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Série 'Toni La Chef' traz a paixão de uma adolescente pela culinária

Programa produzido pela Nickelodeon América Latina faz sucesso e inspira adaptação na TV americana

Por Mariane Morisawa
Atualização:

A cozinha está em alta na televisão. Além de reality shows como MasterChef, há até séries para crianças e adolescentes, como Toni La Chef, produzida pela Nickelodeon América Latina e exibida pelo canal Nickelodeon (segundas, às 19h). Toni (a colombiana Ana Maria Estupiñán) é uma adolescente que vai morar com a avó Dolores em Miami, onde descobre sua paixão e vocação pela cozinha.

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“Sempre gostei de cozinhar. Quando era pequena, sempre imaginava entrar num Taco Bell (rede de fast-food americana) e fazer meu próprio taco. Achava que isso seria muito divertido”, contou a roteirista e criadora Catharina Ledeboer. “Queria escrever uma série sobre uma garota pouco convencional que descobre uma paixão na vida. E como é importante cada um descobrir sua paixão.”

O restaurante de Toni enfrenta o refinado Fuccinelli, com o chef Frenchie (o venezuelano Jonathan Freudman) e sua irmã Sara (a também venezuelana Josette Vidal) à frente. Sara torna-se a principal rival de Toni, que se apaixona pelo seu namorado Leandro (o mexicano Luis Álvarez). Enquanto isso, o melhor amigo de Toni, Nacho (o mexicano Patricio Gallardo), é apaixonado por ela. A novela em 40 episódios teve consultoria de uma chef de verdade, Lorena García. “Queríamos realismo”, disse Tatiana Rodriguez, gerente de marca para a Nickelodeon.

A série fez uma busca em toda a América Latina por seus atores. “O mundo está maior e mais mesclado, então trouxemos talentos de todas as partes”, explicou Rodriguez. Para ela, as produções latino-americanas são importantes para construir ídolos com que crianças e adolescentes da região possam se identificar. “Nós, latinos, estamos em alta, não podemos perder este momento. Mas os personagens são universais.”

Tanto que a Nickelodeon americana encomendou Talia in the Kitchen, uma adaptação em inglês de Toni La Chef, feita pela própria Catharina Ledeboer, a exemplo de Grachi, que gerou Every Witch Way. “Um de nossos objetivos ultimamente é realmente usar a cultura como personagem. E os latinos nos Estados Unidos são um grande mercado”, afirmou Tatiana Rodriguez.

A chef Lorena García apontou o crescimento da presença hispânica na televisão americana. “Toda série precisa ter uma representação do sabor latino, ou algo fica faltando.” Os hispânicos somam cerca de 54 milhões de pessoas, aproximadamente 17% da população – em Estados como a Califórnia, chegam a 32%. Em vez de adolescentes latino-americanos que se mudam para Miami, Talia in the Kitchen tem teens americanos de origem hispânica que não falam espanhol e precisam descobrir suas raízes.

Apesar de ter uma língua diferente, o Brasil vem se integrando bem nessa comunidade. “O mercado brasileiro é hoje muito interessante. Nos últimos anos, com a lei da TV paga, passamos a produzir mais no Brasil”, disse Rodriguez. “Normalmente, dublamos nossas histórias no Brasil. Mas, agora, estamos dublando nossas histórias brasileiras no resto da América Latina e nos Estados Unidos. Um dos casos é Julie e os Fantasmas (produzida em parceria com a Mixer e a Band). Somos uma grande comunidade com uma cultura em comum, precisamos nos aproveitar disso.”

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