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Vaca louca: Alckmin diz que caso no Pará é atípico e estará na pauta de viagem de Lula à China

Casos atípicos da doença ocorrem quando apenas um animal é contaminado, e não todo um rebanho

Foto do author Eduardo Gayer
Por Eduardo Gayer

BRASÍLIA - Após se reunir com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o caso de “mal da vaca louca” em um bovino no Pará é “atípico” e que o assunto deve constar da pauta da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Chinacomo mostrou o Estadão.

O governo brasileiro tenta acelerar os protocolos sanitários para regularizar a exportação de carne bovina para o país asiático antes de Lula embarcar para um encontro bilateral com o presidente chines Xi Jinping, previsto para o dia 28 de março.

“Tem uma pauta específica que o Fávaro está cuidando muito bem, que é a questão de um caso de boi velho no Pará. Nós vamos aguardar o resultado na quarta-feira; tudo indica que seja um caso atípico. Mas é importante, a China é o segundo parceiro comercial do Brasil”, declarou o vice-presidente no Palácio do Planalto.

Caso atípico

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Amostras do animal e informações foram encaminhadas ao laboratório da Organização Mundial de Saúde Animal (Omas), localizada em Alberta, no Canadá, para confirmar se trata-se de um caso atípico da doença. O caso atípico é aquele que envolve um único animal, e não a contaminação de um rebanho. No caso de Marabá, o animal, que já foi abatido e, segundo análises feitas, desenvolveu uma doença degenerativa cerebral – ou seja, sem ter contato ou contaminação com outros animais.

De acordo com Alckmin, a reunião com Fávaro também tratou de defensivos, produtos veterinários e a indústria de fertilizantes no País. O governo vai criar um conselho sobre o tema com a participação do Mapa. “O Brasil precisa ser menos dependente de importação sendo o maior exportador agrícola do mundo”, declarou o vice-presidente. “Vamos trazer segurança para o setor agropecuário”, acrescentou.

Geraldo Alckmin é o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços de Lula Foto: Nilton Fukuda / Estadão

Também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin saiu em defesa da redução do preço do gás natural e do aumento do “bio” no diesel. “Hoje, o bio no diesel está em 10%, já foi 13%. Foi reduzido no governo passado. Isso prejudica o meio ambiente, a indústria, gera menos emprego, agrega menos valor”, afirmou. “Retomar o bio no diesel ajuda o meio ambiente, é uma pauta positiva”.

Alckmin ainda estimou o crescimento das exportações de aço aos Estados Unidos após o Brasil ser retirado da lista antidumping. Amanhã, o vice-presidente estará em reuniões de trabalho no litoral de São Paulo para acompanhar os trabalhos do governo após os estragos causados por fortes chuvas ao longo do feriado de carnaval.

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