BRASÍLIA - Em meio a manifestações em cascata no funcionalismo público, analistas de comércio exterior aprovaram uma paralisação para a próxima quarta-feira, 6. No mesmo dia, será feita uma assembleia para votar a adoção de operação-padrão e entrega de cargos comissionados.
Com isso, pode haver atrasos em serviços como concessão de licenças de importação, autorização para uso de benefícios tributários nas compras do exterior e aplicação de direito antidumping.
A categoria reivindica reajuste de 28%, que seria a recomposição da perda de poder de compra no governo Jair Bolsonaro. O presidente da Associação dos Analistas de Comércio Exterior (AACE), Guilherme Guimarães Rosa, disse que a categoria tem tentado conversar com o governo, sem sucesso.
“Nosso problema é que o governo não abre negociação com a nossa categoria, não estamos conseguindo um canal de negociação neste momento dentro do Ministério da Economia”, disse ao Estadão/Broadcast.
Depois de o presidente Jair Bolsonaro prometer reajuste para policiais federais, diversas categorias começaram movimentos por aumentos e outras reivindicações em órgãos como Receita Federal, Banco Central, Tesouro Nacional e INSS.
Ontem, o Estadão/Broadcast antecipou que, diante da mobilização crescente no funcionalismo público, setores do governo agora estudam a concessão de um reajuste de 5% para todos os servidores do Executivo federal em ano eleitoral. O aumento seria dado a partir de julho e custaria cerca de R$ 5 bilhões para os cofres públicos em 2022. Contemplaria mais de 2 milhões de pessoas se incluir servidores da ativa, aposentados e pensionistas.