VENDA DE ENERGIA
Os executivos disseram que a Suzano pretende elevar o nível de energia vendida por sua fábrica de Mucuri, reforçando ganhos com o repasse do excedente gerado na produção da celulose para o mercado de curto prazo de energia, que opera com preços altos.
Segundo Schalka, a Suzano vende excedente de 70 MWh na fábrica do Maranhão e de cerca de 12 a 14 MWh na da Bahia, mas compra energia para a filial de Suzano (SP). A ideia é aumentar a venda de energia na Bahia para 26 MWh e reduzir as compras em Suzano em 2015.
A Suzano projeta alta anual no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 95 milhões de reais a partir de 2015, parte dele com projetos em eficiência energética e investimentos em competitividade.
O valor já considera a redução do valor máximo do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), indicador de preços da eletricidade no curto prazo, de 822,83 reais para 388,48 reais em 2015 pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
Dos 1,5 bilhão de reais previstos em investimentos pela Suzano para 2015, 390 milhões têm a ver com redução do distância entre florestas e fábricas e maior eficiência energética.
DÍVIDA
Enquanto se esforça para reduzir sua alavancagem, a Suzano não prever investimentos em expansão orgânica da capacidade até sua dívida líquida ficar abaixo de 2,5 vezes o Ebitda ajustado, ante 4,5 vezes no segundo e no terceiro trimestres. Eventuais mudanças na política de dividendos também só devem ocorrer após uma adequação da alavancagem, disseram os executivos.
"Não vejo uma política expressiva de dividendos nos próximos anos, mas podemos adequar o divididend yield", disse Schalka.
(Por Priscila Jordão)